Denúncia foi levada ao vice-presidente Mourão. Falta de certidões de definição de limites legais das propriedades públicas e privadas permite ocupações ilegais. Invasores se aproveitam do período de pandemia para explorar uma das áreas consideradas mais ricas do Estado.
Garimpeiros de Rondônia invadiram uma das áreas mais ricas do estado do Acre, o Parque Estadual de Chandless. A denúncia foi levada ao conhecimento do vice-presidente General Hamilton Mourão. Uma ação está planejada para acabar com a ocupação ilegal de terras públicas e a suposta busca por ouro na região. O coordenador da floresta, biólogo Ricardo de Plácido confirmou a denúncia.
“No começo deste ano tivemos informações de garimpeiros de Rondônia que entraram dentro do parque prospectando ouro. Um dossiê está sendo montado com ações que visam coibir essa prática”, disse Ricardo.
Ainda de acordo o biólogo que coordena o Parque, além de garimpeiros rondonienses, há presença de posseiros para grilagem de terras. A movimentação ilegal está na mira dos órgãos ambientais.
“O André Hassem já disponibilizou o IMAC, o Batalhão Ambiental em articulação com o IBAMA e o Exército Brasileiro, essa frente está sendo trabalhada”, acrescentou o biólogo.
Essa não é a primeira vez que o Parque Chandless é alvo de corretores de imóveis e de expedições que buscam minérios na região. Em 2005 uma propriedade de 975 mil hectares no Vale do Rio Chandless foi colocada à venda por uma corretora de Manaus. O caso foi esbarrar na Comissão Parlamentar de Inquérito de Biopirataria. No anúncio, o vendedor informava até os supostos atrativos da região: ouro e até fósseis de animais desconhecidos.
De acordo o relatório da CPI que a reportagem teve acesso, a falta de definição específica das certidões produzidas em toda a região Amazônica dá margem à exploração ilegal baseada na indefinição dos limites legais das propriedades públicas e privadas.
Esse ano, de acordo Ricardo Plácido, as invasões, queimadas e tentativa de exploração de ouro voltaram a ocorrer com intensidade na região, devido à pandemia.
“As pessoas invadem achando que a pandemia acabou com a fiscalização. É uma região remota, as expedições ocorrem mensalmente. O governo está fiscalizando as suas unidades de conservação e uma operação eminente vai colocar fim esse risco de garimpagem” assegurou Ricardo.
O Parque Estadual Chandless foi criado em 2004 pelo governo do Estado, com 695 mil 303 hectares de floresta preservada. É considerada uma das áreas mais ricas em espécies, principalmente de bambus, as conhecidas “Tabocas”, do Brasil.
Acesso — O acesso ao Parque Estadual do Chandless é feito via fluvial através do Rio Chandless, afluente direito do Rio Purus, que se constitui o principal canal de drenagem da Unidade, o mesmo nasce no Peru e corta o Parque no sentido sudoeste-noroeste, recebendo vários igarapés menores, dentre eles, o Chandless-Chá e o Cuchichá. A duração da viagem é de aproximadamente 6 horas.
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