Sem teste rápido desde a última sexta-feira, 6, Cruzeiro do Sul tem 1.608 casos confirmados de Covid-19 de acordo com boletim divulgado no início da noite desta terça-feira, 9. Vinte e duas mortes já foram registradas.
A secretária municipal de saúde, Juliana Pereira, culpa os governos federal e estadual pela falta de testes. Explica que desde o início da pandemia o município recebeu a 4.360 testes rápido, sendo que 1860 foram enviados pelo Ministério da Saúde, através do governo do Estado e outros 2500 foram adquiridos pela prefeitura. “Nós cantávamos com os governos federal e estadual, mas não vieram mais testes. Agora estamos providenciando uma nova compra”, conta ela sem dar data para que os exames estejam novamente disponíveis para a população.
Outro problema com relação ao coronavírus é a falta de medicamentos na rede municipal, indicados pelos médicos para o tratamento da doença como a hidroxicloroquina tamiflu, cloroquina e azitromicina. A secretária afirma que o município não recebe os itens do governo federal em quantidade suficiente e a azitromicina, segundo a gestora, não há disponível para a compra por parte da prefeitura.
Dengue e malária também preocupam
Além do Covid 19, dengue e malária também tiveram aumento no número de casos em Cruzeiro do Sul. De dengue o aumento foi de 771%.
Em 2019, de janeiro a maio foram 244 confirmações de dengue e este ano já são 2.125. O responsável pelo combate à doença em Cruzeiro do Sul, Leonisio Messias, ressalta que desde o ano passado há falta de inseticida no Brasil. Pede ajuda da população para reduzir os números. “Temos que continuar cuidando dos quintais e evitando a água parada que serve de criadouro para o mosquito-da-dengue”.
Com relação à malária em 2019, de janeiro a abril eram 2.031 casos. Este ano foram 2.052 no mesmo período.