A militante dos direitos humanos, ativista do Movimento contra a violência da mulher e mãe, Patrícia Miranda, publicou nesta segunda-feira, 08, uma carta aberta em seu Facebook, falando sobre a violência que a sua filha sofreu de Oscar Frank Alves da Silva, que já trabalhou na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Ele é ex-assessor da ex-vice governadora do Acre, Nazaré Araújo (PT).
Patrícia Miranda conta que viu a filha ser agredida por Oscar Frank com chutes, murros, tapas e pontapés. “Me dói não ter conseguido fazer nada para defendê-la dessa violência, naquele momento em que ela estava jogada ao chão e levando chutes na cabeça. O meu sentimento é de revolta e de dor”, afirmou.
A agressão ocorreu por volta de 1 hora da madrugada deste domingo (7). A vítima Natasha Ariel de Souza Rocha Brito estava na Distribuidora Moura bebendo com amigos quando Oscar Frank chegou embriagado e passou a arrumar confusão com a vítima.
Segundo o registro do Boletim de Ocorrência (B.O), o dono da distribuidora decidiu parar de vender bebidas ao grupo. Neste momento, começou a confusão e Oscar Frank teria jogado uma garrafa de água e, após isso, começaram uma discussão que terminou com Natasha sendo vítima de supostos chutes, murros e puxões de cabelo.
A mãe conta que acionou o Sistema de Segurança Pública do Estado (Ciosp) que rapidamente deslocou uma viatura ao local, porém não teriam dado “importância sobre a agressão que a sua filha sofreu”, alega a mãe.
“…Isso ocorreu na madrugada de domingo, 7, meia noite e pouco. Fomos aconselhadas a irmos na segunda-feira procurar a delegacia da minha regional e fazer um boletim de ocorrência, apenas….”.
Ela conta que levou a filha a procurar a rede de mulheres do município e o CAV, que é o núcleo do MPAC, que ajuda mulheres nessa situação de violência.
A mãe afirmou que Frank não tinha vínculo amoroso ou afetivo com a filha. Segundo ela, Frank Oscar é um agressor de mulheres contumaz.
“Minha filha não foi a primeira. Eu queria muito que ela fosse a última vítima de agressão dele. Mas, o que eu posso fazer como mãe?”, questionou.
A mãe acrescenta que já fez dois boletins de ocorrência (B.O) dentro dos trâmites legais, mas afirmou que a situação é de total impotência.
“Sabe o que vai acontecer com esse agressor? Nada! Ele vai no máximo prestar serviços para o estado ou pagar cestas básicas. E os traumas que eu e ela sofremos por passar por essa situação, nós mesmo vamos ter que superar. O agressor trabalha para uma pessoa conhecida no meio político da nossa cidade, além do meio político é Procuradora. O agressor trabalha para uma mulher”, afirmou.
A mãe relata que decidiu expor o agressor da filha para que todos saibam quem é ele. “Eu quero justiça e proteção à vida da minha filha e à minha, já que nossas leis são brandas. Minha filha não dormiu essa noite com dores na região pélvica e abdominal e nos seios onde levou chutes desse covarde!”, encerrou.
“Só lhe recomendo que não se refira ao meu nome…nas suas publicações….não lhe autorizo. Eu tenho que se manifestar pra justiça….não para um jornal algum….isso é pessoal meu. Até pq não vai adiantar em nada. Já fui exposto mesmo. Seu trabalho é de grande importância…relatar os dois lados dos fatos….parabéns”, afirmou ao ac24horas.