O Acre tem 55.686 pessoas em trabalho remoto e possui 19% de atividades que podem ser realizadas em home office. Esses números levam o Estado a ocupar a 17ª posição no ranking do potencial de teletrabalho do Brasil.
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) através do estudo “Potencial de teletrabalho na pandemia: um retrato no Brasil e no mundo”.
O Distrito Federal tem 450.424 pessoas em trabalho remoto, o maior potencial de teletrabalho entre as Unidades da Federação (31,5%). O Piauí, o menor: 15,6%.
Os números do Acre são maiores que os de Estados bem maiores, como Bahia, Mato Grosso e Pernambuco.
O distanciamento social, usado atualmente como parte das medidas de redução da disseminação da Covid-19, é substanciado pelo aumento do teletrabalho. A literatura cita que o confinamento é mais oneroso, em termos de perda de produção induzida, em regiões onde a participação dos trabalhadores em teletrabalho é menor. Ao eliminar gradualmente o confinamento, o teletrabalho deve ser mantido o maior tempo possível, para permitir que os trabalhadores que não podem ficar em home office voltem ao trabalho, mantendo mínimo o risco de infecção.
Para identificar o percentual de indivíduos em ocupações viáveis de serem realizadas via teletrabalho, no Brasil, o Ipea optou por utilizar a PNAD Contínua realizada no primeiro trimestre de 2020 pelo IBGE.