A assessoria da Assembleia Legislativa fez a leitura do relatório do deputado José Bestene do PL 70, que cria o Instituto de Gestão em Saúde do Acre (Igesac) com as emendas aprovadas na reunião conjunta de três comissões.
Eram 10h25 quando foi feita a leitura e o prazo das comissões extrapolou o horário regimental para início da sessão, mas o relatório foi aprovado pela maioria.
A propositura de emendas seguia tranquilo até que o Líder do Governo, Gerlen Diniz, negasse a aprovação da emenda proposta por Jenilson Leite, que retirava o Pronto Socorro de Rio Branco dos 40% de unidades passíveis de serem abarcadas pelo Igesac.
Bate-boca com palavras de baixo calão, ataques e ameaças passaram a tomar conta do debate virtual. Uma grande trapalhada do relator e presidente da comissão de Saúde, José Bestene, que pediu o voto do suplente de Meire Serafim, mas foi contestado por Roberto Duarte, que disse ele ser o suplente de Meire na Comissão de Saúde.
O Líder do Governo buscou votos para não aprovar a emenda de Jenilson Leite, algo complexo já que vários integrantes das comissões não estavam presentes.
Proclamado o resultado, de 6 a 5 contra a emenda, Edvaldo Magalhães disse que era fraude e Jenilson Leite prometeu judicializar a questão. “Nós não fraudamos votação”, contrapôs o Líder governista.
”Emendas que tentam desfigurar o projeto vão para a lata do lixo”, declarou Diniz, oferecendo suco de goiaba aos oposicionistas -uma alusão ao caso da merenda vencida na prefeitura de Rio Branco.
“Não tenho problemas com cinismo”, rebateu Jenilson, citado por Diniz, que em outros momentos teve o áudio de sua risada vazado. “O processo está maculado”, completou Leite.
“Votei consciente. Votei por telefone. Vocês foram derrotados”, disse Neném Almeida, cujo voto foi um dos pivôs do bate-boca. Almeida deu uma bronca em Gerlen Diniz que não o avisou da reunião.