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Feminicídio cresce 300% no Acre nesta pandemia, diz Fórum

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Os homicídios de pessoas do sexo feminino cresceram 75% no Acre nesta pandemia, segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira (1) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Já os assassinatos classificados como feminicídio aumentaram 300%.


O período avaliado refere-se a março e abril deste ano em comparação a igual período de 2019, quando não existia a Covid-19.


Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher, motivado geralmente por ódio, desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres. A Lei do Feminicídio (Lei 13.104, de 9 de março de 2015) qualificou o crime de homicídio quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. A lei incluiu também o feminicídio no rol dos crimes hediondos.

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Os números do FBSP são divergentes de vários mas todos apontam para uma escalada sem precedentes de violência doméstica em função do isolamento social.



“O 190 é o número de telefone da Polícia Militar, disponível 24h por dia em todo o território nacional. Um dos chamados mais comuns na central diz respeito justamente ao pedido de socorro ou denúncia de alguma agressão em andamento envolvendo conflitos domésticos. O acionamento da Polícia Militar pode ser feito pela vítima, por vizinhos ou qualquer cidadão que avaliar necessário e funciona como um bom termômetro da violência contra a mulher”, diz o relatório Violência contra meninas e mulheres durante a pandemia.


Infelizmente, lamenta o relatório do FBSP, as Polícias Militares de vários Estados ainda registram casos de violência doméstica sob a nomenclatura “desinteligência”, geralmente utilizada para classificar episódios que entendem não serem problemas de polícia, mas que acabam acionadas a intervir, tal como som alto (perturbação do sossego) e “brigas de marido e mulher”.


O estudo completo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pode ser acessado aqui: http://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/06/violencia-domestica-covid-19-ed02-v5.pdf


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