Criado em dezembro de 2017, o Grupamento de Operações com Cães (GOC), ligado ao Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, tem feito a diferença na apreensão de entorpecentes na região do Juruá, que é corredor de drogas oriundas do país vizinho, Peru. Em operações de fevereiro a abril deste ano, os três cães treinados para localizar entorpecentes encontraram em veículos ou outros locais, o equivalente a mais de 50 quilos de drogas, incluindo cocaína, skunk e maconha.
O GOC conta com cães das raças pastor belga malinois e labrador, que atuam, por meio da capacidade olfativa na detecção de armas, munições e entorpecentes. Os treinamentos são diários e os adestradores simulam diversos cenários, com o objetivo de tornar os treinos mais próximos de uma situação real de busca.
A rotina dos cachorros inclui a condução e faro de drogas, armas e explosivos. Seu emprego se faz em meio a terrenos diversos, residências, construções, áreas de floresta, além de veículos particulares e coletivos, bem como, aeronaves e embarcações.
Para ingressar na unidade, os animais passam por testes comportamentais, morfológicos e genéticos. Os selecionados, são treinados por cerca de um ano e meio. O comandante da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, tenente-coronel Evandro Bezerra, explica que “ao contrário do que muitos pensam, os cães não têm qualquer tipo de contato com o entorpecente. São treinados desde filhotes para identificar determinados odores de assinaturas químicas que compõe essas substâncias”.
Três policiais militares que lidam com os animais passaram por capacitação nas áreas de detecção, guarda e proteção em minas. O coronel Evandro afirma que os bons resultados do Grupo de Operações com Cães no combate à criminalidade se dá a partir da expertise do policial militar aliada a sensibilidade do cão.
“Após contínuos treinamentos, chegam ao que chamamos de binômio homem/cão, dupla perfeita em ações policiais não convencionais muito eficazes, principalmente, no combate ao tráfico de drogas e armas na nossa região”.
Os cachorros atuam por aproximadamente oito anos e, após a aposentadoria, são encaminhados para adoção com prioridade para o militar que trabalhou por mais tempo com o cão.
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