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Especialista alerta para perigo de “cura” da Covid-19 oferecida em garrafas de cascas e ervas

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O grande desafio da medicina no mundo inteiro atualmente é desenvolver uma vacina e remédios específicos para o combate à Covid-19. Cientistas e laboratórios têm se esforçado para encontrar uma medicação mais eficaz do que as que estão sendo usadas de forma paliativa. O ac24horas encontrou na internet anúncios de garrafas e xaropes produzidos com insumos naturais a partir de folhas, cascas de árvores, sementes e ervas, cujos vendedores afirmam se tratar de uma bebida que auxilia no tratamento da doença provocada pelo novo coronavírus.


Entretanto, autoridades de saúde dizem que além de efeitos colaterais, há o fato de essas “garrafadas” fazerem com que um paciente demore a procurar ajuda médica. O alerta é feito pelo infectologista Eduardo Farias. “Isso trás muito problema. Os produtos fitoterápicos têm princípio ativo e, por isso, alguns tem, de fato, efeito sobre determinada doença. Acontece que esse princípio ativo pode prejudicar mais do que ajudar. Por exemplo, tem alguns desses chás que são hepatotóxicos, que podem inflamar o fígado. Outros são nefrotóxicos e podem intoxicar os rins. Então não são coisas que podem dar como se fosse água”, explica.

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Segundo o médico, outro problema é que esse tipo de garrafada pode protelar o tratamento. “O sujeito fica confiando em uma garrafada, não procura a ajuda médica e quando piora pode ser tarde demais”, afirma.


O ac24horas recebeu denúncias de anúncio pela venda desses produtos que prometem ajudar no combate à Covid-19. Uma das denúncias veio do município de Porto Acre. A Vigilância Sanitária de Porto Acre foi procurada e informou que as denúncias que chegam até o local são todas investigadas.


“Até o momento o departamento de vigilância sanitária não recebeu nenhuma denúncia dessa natureza, assim que chegar será investigado e tomaremos as medidas cabíveis. Até porque precisamos saber em que condições são feitos esses produtos, se há um estabelecimento ou é fabricado em casa”, afirma Abigail da Silva, da vigilância do município.


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