Para quem já foi chamado de “gripezinha” pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, e minimizado por um dos médicos mais conhecidos do Brasil, Dráuzio Varella, que também é escritor e comunicador, o novo coronavírus já fez mais vítimas por dia do que algumas das doenças mais letais no país.
A Covid-19 já matou neste ano mais do que diabetes mellitus, câncer de mama e problemas cerebrovasculares, como AVC, de acordo com dados do DataSUS referentes ao ano de 2018, o mais recente disponível na plataforma do Ministério da Saúde.
Ao ultrapassar a marca de 20 mil mortes em 65 dias no país, a Covid-19 se tornou a terceira doença mais letal do Brasil, atrás apenas de todos os tipos de câncer juntos e da doença isquêmica do coração. A doença causada pelo novo coronavírus provocou, em média, 308,41 mortes por dia, desde a primeira vítima fatal, em 17 de março deste ano.
As informações do DataSUS mostram que nos 365 dias de 2018, todas as neoplasias juntas foram responsáveis por 624,43 mortes diárias, enquanto a doença isquêmica do coração vitimou 315,94 pessoas todos os dias.
A Covid-19 já tirou mais vidas por dia do que o câncer de mama (48,14 vítimas diárias em 2018), o diabetes mellitus (178,39) e as doenças cerebrovasculares, dentre as quais estão os acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Opiniões de diversos médicos infectologistas, em matérias jornalísticas disponíveis na internet, são unânimes em afirmar que a maior letalidade do novo coronavírus está ligada à comorbidades, mais relacionada à pacientes diabéticos, hipertensos e com doenças cardíacas. Essas pessoas devem adotar cuidados extras para evitar a infeção pela covid-19.
“Além de lavar as mãos com mais frequência com água e sabão, elas devem evitar tocar o rosto, aglomerações, contato próximo e confinamento por mais de 15 minutos com outras pessoas, que devem estar distantes cerca de 2 metros”, diz o infectologista Hemerson Luz, que atua no Distrito Federal.
No Acre, 67,4% dos óbitos (62 casos) são de pacientes com mais de 60 anos. De acordo com o sexo, 60 óbitos (65,2%) são de homens e 32 (34,8%) de mulheres.
Dentre os 92 óbitos registrados no estado, 76,1% deles tinham alguma comorbidade e 23,9% das pessoas que não resistiram ao vírus não tinham histórico de comorbidades.
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