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Audiência na Aleac é marcada com Jéssica Sales “incendiando” e Petecão “apagando incêndio”

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Marcos Venicios

Audiência pública virtual promovida pela Assembleia Legislativa do Acre na tarde desta segunda-feira, 25, e se perdurou pela noite foi marcada por uma série de apontamentos de problemas no combate a pandemia no coronavírus no interior do Estado. Com os senadores e deputados da bancada federal no encontro virtual, deputados estaduais, prefeitos da região do Juruá, o secretário Alysson Bestene e o governador, em exercício, Major Rocha, puderam expor seus pontos de vistas em relação as ações de ajuda.


Primeiro a falar no encontro, o senador Márcio Bittar (MDB) destacou que o Congresso Nacional tem ajudado muito o Acre na medida do possível, principalmente na aprovação do pacote de ajuda financeira. “O Gladson receberá R$ 200 milhões para usar da melhor forma e mais R$ 140 milhões para gastar somente com saúde, além da moratória temporária de pagamento das dívidas dos Estados. Existe estudo da moratória ser estendida e sem contar que o governo federal tem facilitado a liberação de emendas para a saúde”, frisou.


O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) levantou a questão com relação aos quatro municípios isolados do Estado, Jordão, Santa Rosa, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter com relação ao abastecimento de insumos e transporte fora de domicílio de pacientes com Covid-19. “Esses municípios tomaram decisões pesadas. Jordão já está a 30 dias no lockdown. Acredito que essas cidades precisam de suporte aéreo pronto para atender. Quando essas pessoas ficarem doentes, não terão TFD para transportar pra Cruzeiro do Sul ou de Santa Rosa para Rio Branco, essa é a grande questão”.


Já o governador, em exercício, Major Rocha, ressaltou a importância da iniciativa do encontro e destacou que é ciente dos problemas causados pela pandemia principalmente para os prefeitos do interior do Acre. “É muito difícil enfrentar uma situação dessa num grande centro, mas aqui no Acre e no interior é muito mais complicado. Acredito que a soma de esforços podemos ajudar melhor. Eu entendo a necessidade de se estreitar as relações com os prefeitos”, enfatizou.


A deputada Perpétua Almeida (Salientou) que realocou R$ 7 milhões de suas emendas para o combate ao Covid-19 e lembrou da guerra entre os governos estaduais e federal. “Essa negação da doença é muito ruim para o momento que vivemos”, lamentou a parlamentar.



A deputada Jéssica Sales (MDB) foi a responsável por quebrar o protocolo diplomático do encontro. Ela lembrou que a bancada federal vem fazendo um grande esforço, mas que não vê essa contrapartida do governo do Estado e criticou o plano de contingência elaborado pela secretaria de saúde. “O que estranha muito essas deficiências que o plano mostra e que já era pra ter uma solução. O governo nõ pode transferir esse peso em cima da bancada. Quem tem que executar é o o governo, é o secretário Alysson. Como vão ficar os municípios isolados? Precisamos de respostas. esse momento de união nunca se manteve. Fica difícil, o governo tem que trazer essas demandas, mas também não pode trazer sem matemática. Tem que saber como estão os hospitais do interior, é bom saber como estão os prefeitos. Não tem medicamentos, não tem testes rápidos. Desde o dia 12 tem R$ 6 milhões de emendas minhas na conta. O que foi feito com esse valor?”, questionou.


O secretário de Saúde, Alysson Bestene, direcionou seus respostas aos questionamentos diretos da deputada. Segundo o gestor, o plano de contingência já está em sua quinta versão e segue sendo alterado constantemente. “Agora mesmo a OMS contestou o uso hidroxicloroquina. Essas mudanças a gente vai acompanhando dentro do plano de contingência. Lá consta os trabalhos com os municípios nos trabalhos em 3 regionais”, destacou.


Bestene ainda levantou a problemática da falta de profissionais de saúde para atuar no Acre. “Nós nao temos mão de obra suficiente no Estado no Acre. Nós abrimos 150 vagas no concurso dos profissionais que passaram no concurso de 2019. Dos 150, só 37 se habilitaram. Com CRM apenas um médico se inscreveu. Como é que vou mandar médico para Santa Rosa, Jordão e Marechal Thaumaturgo?”, interrogou.


O gestor da saúde reforçou ainda para que a bancada federal ajude no pedido de profissionais do banco de dados do Ministério da Saúde. “A gente já solicitou que esses profissionais viessem ao Acre. O Amazonas chegou a receber quando tava no pico da crise. Recebeu 200 profissionais. Esse momento seria importante. A dificuldade de mão de obra local tem dificultado. A gente não tem profissional que queira ir para linha de frente e principalmente para o interior”, pontuou, enfatizando ainda que o governador Gladson Cameli colocou todos os aviões do Estado a disposição. “Praticamente semanalmente a gente tem reposto medição e EPIs em todas as unidades. Hoje nós temos aquela cápsula de transporte com paciente com Covid-19 para que não haja contaminação do ambiente no transporte aéreo”, destacou.


Após o secretário expor alguns pontos, Jéssica Sales voltou a retrucar, afirmando que suas emendas não devem ser usadas para pagar dívidas com a empresa terceirizada que gerencia o Hospital do Juruá, mas sim para comprar de materiais e ajudar na ampliação do atendimento, mas logo em seguida Bestene afirmou que o dinheiro não tem sido usado somente para esse fim.



Percebendo que o clima esquentou, o Senador Sérgio Petecão tratou de por panos quentes na discussão. “Se o Alysson tiver que prestar conta agora nesse momento, nós iremos nos deparar com um problema. Semana passada o prefeito de Acrelândia me ligou dizendo que o povo de Plácido de Castro tava usando a Caixa Econômica. Os problemas são diversos. Eu sei Alysson, eu imagino o que você está passando. Depois a gente vai saber se o governo e o secretário tava certo. Para mim o quanto pior melhor não vale e acredito que o Acre tenha ter um tratamento diferenciado pelo governo federal”, frisou o coordenador da bancada acreana em Brasília.


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Marcos Venicios

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