Em reunião da comissão mista que analisa o projeto do auxílio emergencial de R$ 420 para servidores públicos, o deputado Fagner Calegário (sem partido) propôs emenda ao PL do ATS para todos os agentes civis e trabalhadores do Pró-Saúde cedidos para saúde e segurança pública caso estejam na linha de frente do combate ao Covid-19.
“Nós melhoramos o projeto do governo e muito, mas infelizmente não podemos acatar a emenda do deputado Calegário”, observou o Líder do Governo, Gerlen Diniz (Progressista).
O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, deputado Chico Viga (Podemos),que liderou a reunião conjunta, votou duas vezes e desempatou pela derrubada da emenda.
Calegário e Gerlen Diniz protagonizaram um pesado bate-boca. O deputado Jenilson Leite lembrou do áudio vazado do colega José Bestene, que lamentou, em sessão ao vivo, que o líder do governo “é individualista”.
“Olha o ensinamento que nos trazem essas palavras do deputado José Bestene. A CCJ tem visão celetista”, disse, voltando a se queixar da dificuldade de se aprovar os mesmos textos que favoreçam o Palácio Rio Branco -e isso, diz, só porque a matéria procede da oposição.
O presidente da reunião mista, Chico Viga, desligou o áudio e foi repreendido pelos colegas. Gerlen Diniz disse que Edvaldo Magalhães havia dado uma aula para Chico Viga e atacou a oposição. “Parem de jogar em cima de mim as frustrações de vocês que não conseguem aprovar nada”, rebateu Diniz.
“Vou lhe pedir desculpa, pela ´mijada´ que o seu líder (Gerlen) deu no senhor”, avançou o deputado Roberto Duarte.