Desde o último mês de abril o Corpo de Bombeiros do Acre vem registrando aumento significativo no atendimento de queimadas ambientais no perímetro urbano do estado. Segundo o Major Cláudio Falcão, porta-voz da instituição, os chamados de incêndios em espaços da zona urbana aumentaram mais de 100% nesta época do ano em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os chamados começaram em meados de abril, mas se intensificaram neste mês de maio, com o início da estiagem. “Temos muito mais ocorrências do que gostaríamos de estar atendendo este ano. Comparado com o mesmo período do ano anterior, temos um aumento de mais de 100%”, diz Falcão.
As ocorrências de incêndios urbanos ambientais geram grande preocupação nas autoridades do Estado, uma vez que o Acre também enfrenta a epidemia da Covid-19, que atinge preferencialmente os pulmões. “Só em Rio Branco foram mais de 700 ocorrências este ano. Percebemos um aumento muito grande, pois nessa mesma época no ano passado tinha metade dessas ocorrências”, salienta o Major.
O Corpo de Bombeiros orienta que a população não queime. “Em outras épocas isso já traz grandes problemas de saúde e ambientais, inclusive com perdas de vida. Então neste ano, com a pandemia do vírus, onde não temos sequer mais leitos em hospitais, se agravarmos a situação da saúde com as queimadas, isso pode gerar um caos completo em nosso estado”, alerta.
O governo do Acre vem se reunindo com órgãos responsáveis para tentar conscientizar os moradores com campanhas educativas e planeja penalizações para aqueles que ainda insistem em queimar.
O incêndio mais recente aconteceu nessa quarta-feira, 20, numa vegetação em área de aproximadamente um hectare, na Estrada Xiburema, em Sena Madureira. “Essa situação está se agravando neste mês de maio e pode se agravar mais se não conseguirmos frear as queimadas”, lamenta o Major.