Cerca de um mês atrás, o governador Gladson Cameli mudou a direção do Hospital do Câncer em Rio Branco. Exonerou Áurea Freitas e nomeou Kelcinéia Araújo de Souza.
Pela denúncia de familiares e pacientes em tratamento, os problemas na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Acre (Unacon) continuam os mesmos. Um dos principais e que mais aflige quem faz tratamento contra uma doença tão nociva quanto o câncer, é a falta de medicamento.
É exatamente essa a denúncia de um homem, que prefere não ser identificado, cuja esposa faz tratamento na unidade de saúde. A família é do interior e denuncia que estão sendo obrigados a comprar os remédios necessários para o tratamento.
O relato é de que das duas sessões já realizadas, a família foi obrigada a custear os remédios de uma delas. Segundo foram informados, não existem os medicamentos para a próxima sessão e ela só vai conseguir fazer o tratamento se a medicação for adquirida pela paciente.
“A gente fica preocupado. O câncer já é uma doença difícil de tratar e ainda faltar medicação é muito complicado. A população mais carente não tem como comprar. Esses medicamentos não podem faltar para nenhuma pessoa. Isso é um absurdo”, afirma.
Os remédios que a sua esposa precisa tomar adquirir são ciclofosfamida e doxorrubicina.
O ac24horas entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) sobre a falta da medicação. O posicionamento veio do Departamento de Assistência Farmacêutica, que informou que cabe a ao Unacon solicitar a compra, mas que tem contrato fechado
recentemente para aquisição do ciclofosfamida e outro contrato com saldo para pedido de dexorrubicina.
Entretanto, ninguém explicou os motivos de faltar medicação, mesmo com contratos para a compra dos dois medicamentos.