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MPAC grava mensagem em língua indígena para tentar evitar que a Covid-19 chegue nas aldeias

Por
Leônidas Badaró

Uma grande preocupação das autoridades ligadas à população indígena é tentar evitar ao máximo o contágio de Covid-19 nas aldeias acreanas.


Por todas as características das comunidades, pesquisadores dizem que a doença pode provocar um extermínio na população indígena. Vale lembrar que as doenças respiratórias já são a principal causa de morte da população indígena no país.


Por isso, o Ministério Público do Acre (MPAC) aproveitou a mensagem voltada para os indígenas de uma cartilha produzida pela Universidade Federal do Pará, e adaptou e traduziu para diversas etnias do estado.


O Acre tem aproximadamente 19 mil indígenas, que vivem em 35 terras indígenas, distribuídas em 12 municípios, ocupando 14,5% do território do Estado. Ao todo são 15 etnias: Madija, Manchineri, Ashaninka, Jaminawa, Jaminawa Arara, Apolima Arara, Kuntanawa, Shawãdawa, Huni Kui, Yawanawá, Shanenawa e Noke Koi, pertencentes a três famílias linguísticas: pano, aruak e arawá.


A mensagem, gravada nas línguas hãtxa kuin, kaxinawa e outras, traz uma explicação sobre a Covid-19, de forma clara, sem uso de termos técnicos, para que os indígenas compreendam e possam se proteger.


A iniciativa leva em consideração as recomendações sanitárias de enfrentamento ao coronavírus, bem como os decretos dos governos estadual e municipais para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas.


A procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, relata que o MPAC vem atuando de forma uniforme e integrada junto ao governo do Estado, prefeituras e autoridades de saúde no combate ao coronavírus, e que essa campanha é mais uma forma de alertar a população para a gravidade da situação.



Sobre a inovação de traduzir a campanha para línguas indígenas, Kátia Rejane enfatiza que é uma forma de respeito e cuidado com os povos originários que vivem no Acre.


“Entendemos que essa é nossa contribuição para fazer com que todos tenham acesso as informações sobre o novo coronavírus e possam se proteger. Temos muitos municípios no Acre em que os indígenas são maioria, nossa intenção foi tornar essa mensagem tão importante acessível para eles”, disse a procuradora-geral.


Com informações da assessoria do MPAC.


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Leônidas Badaró

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