A idosa Raimunda Rodrigues Dias, de 86 anos, que morreu de Covid-19 no início da manhã desta quarta-feira, 13, no Hospital do Juruá, foi enterrada na área nova do Cemitério Morada da Paz, que está sendo negociado pela prefeitura de Cruzeiro do Sul com o empresário Abrahão Cândido. Não houve velório e o caixão foi enterrado em uma cova com profundidade de 2 metros.
Raimunda, que morava no bairro do Telégrafo, em Cruzeiro do Sul, tinha histórico de doenças renais e hanseníase. A Secretária de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, Suzana Farias, explica que os coveiros receberam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), necessários para evitar contaminação. Ela cita que apesar da negociação entre a prefeitura e o dono do terreno não estar concluída, o empresário Abrahão Cândido, que se recupera de Covid-19, em Manaus, autorizou o uso da área.
“Atualmente o espaço só tem capacidade para mais 16 enterros, então nós já estávamos negociando essa área e aceleramos agora por causa pandemia. Todo trâmite foi informado ao Ministério Público”, disse.
Dos 5 hectares de expansão do cemitério, 2 hectares são para enterros de vítimas do coronavírus. Na expansão cabem mais de 17 mil covas. O valor da negociação não foi divulgado.
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