Após a repercussão da reportagem de ac24horas.com sobre a sua possível candidatura em 2022, criando um desconforto dentro do Palácio Rio Branco, o coronel Ulysses Araújo, Comandante da Polícia Militar do Acre, divulgou uma nota no final da tarde desta quinta-feira, 7, afirmando que não será candidato em 2022 a nenhum cargo público.
O militar argumenta que o momento em que passa o Estado em relação ao combate à criminalidade, bem como as ações de combate ao Covid-19, tem consumido todo o seu tempo, esforço e dedicação exclusiva à atividade policial. “Nesse sentido não disponho de tempo para me a ter a questões políticas, uma vez que não é momento de se falar em política, muito menos de se fazer política. O momento é de se arregaçar as mangas e trabalhar em prol da segurança da nossa sociedade e contribuir na futura recuperação do nosso Estado.”, disse.
O comandante da PM fez questão de deixar bem claro que por motivo de foro íntimo e cunho pessoal não será candidato a nenhum cargo político “nem agora, nem no pleito de 2022”.
“Ou seja, não serei concorrente do Governador, pois entendo que o candidato natural ao Governo é o atual Governador Gladson Cameli, que hoje se agigantou e amadureceu politicamente ao ter chamado para si a responsabilidade de líder e gestor público nesse momento difícil em que o Estado se encontra , demonstrando prudência, competência e eficiência nas ações de governo”, enfatizou o Comandante elogiando Cameli.
Araújo salienta ainda que a função de Comandante-Geral da PM é de livre escolha do Governador Gladson Cameli. “Todavia pra mim é o cumprimento de uma missão que não irei abandonar em troca de política, a não ser que o próprio Governador venha solicitar o cargo para colocar à disposição de outro Coronel, momento este que entenderei que a minha missão foi cumprida, uma vez que já possuo 30 anos de carreira militar e portanto tempo suficiente para acessar a reserva remunerada. Finalizo afirmando meu compromisso e lealdade com o povo acreano no cumprimento da minha missão policial, com a minha tropa na condução da Polícia Militar e com o Governo Gladson Cameli que tem depositado em nós a confiança à frente da Polícia Militar do Acre”, finalizou.
A nova declaração de Ulysses pôs pelo menos neste primeiro momento “água num incêndio” que estava sendo criado nos corredores do Palácio Rio Branco para rifá-lo do cargo. Conselheiros do governador não viam com bons olhos a atitude do Comandante da PM, já que ele, possivelmente, poderia usar a estrutura para se promover e lançar candidatura futura para disputar o cargo de governador contra Gladson Cameli, que já declarou que será candidato a reeleição.