O Acre tem o menor percentual de abastecimento diário de água do Brasil, segundo pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (6) pelo IBGE. Apenas 36,5% dos domicílios acreanos são abastecidos todos os dias.
A maior cobertura diária está em Brasília, onde 99,2% dos domicílios recebem água sem interrupção, diz o estudo “Características gerais dos domicílios e dos moradores 2019”, um recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).
Ainda segundo o IBGE, 40,6% dos domicílios no Acre estão ligados à rede de esgoto, uma das dez piores taxas do País.
Em 2019, o país tinha 72,4 milhões de domicílios, dos quais 70,7 milhões (97,6%) tinham água canalizada e 63,8 milhões (88,2%) tinham acesso à rede geral de abastecimento.
Em 85,5% das unidades, a principal fonte de abastecimento de água era a rede geral de distribuição. A Região Nordeste (69,0%) apresentava a menor cobertura diária de abastecimento, enquanto a Sul (97,0%) tinha a maior.
Comparado a 2018, a Região Centro-Oeste avançou na disponibilidade diária de rede geral de abastecimento, passando de 87,1% (2018) para 94,9% (2019, recuperando o patamar registrado antes da crise de abastecimento da região em 2016 devido à estiagem) (94,7%).
Na Região Norte, 21,3% dos domicílios tinham abastecimento de água por meio de poço profundo ou artesiano e 13,4% recorriam ao poço raso, freático ou cacimba. No Nordeste, 6,1% dos domicílios tinham outra forma de abastecimento de água, como por exemplo: água da chuva armazenada em cisternas, tanques, água de rio, açudes ou caminhão-pipa.
A pesquisa mostra que 97,8% dos domicílios do país (70,8 milhões) tinham banheiro de uso exclusivo e em 68,3% (49,1 milhões) o esgoto era ligado à rede geral ou fossa séptica ligada à rede. O percentual de domicílios com banheiro de uso exclusivo do domicílio variou de 90,2%, na Região Norte, a 99,8%, no Sul.
A proporção de domicílios com acesso à rede geral de esgotos foi de 66,3% em 2018 para 68,3% em 2019. Permanecem diferenças acentuadas entre as regiões: em 2019, o Norte (27,4%) e o Nordeste (47,2%) tinham as menores coberturas, enquanto a Região Sudeste alcançava estimativa de 88,9%; Sul e Centro-Oeste tinham valores de 68,7% e 60,0%, respectivamente. Todas as Regiões apresentaram crescimento em relação a 2018.
O percentual de domicílios com coleta de lixo era feita diretamente por serviço de limpeza foi de 84,4%, uma expansão de 2,1 milhões de domicílios (ou mais 3,6%) em um ano. Em 7,0% dos domicílios a coleta era feita em caçamba de serviço de limpeza, enquanto em 7,4% o lixo era queimado na propriedade.
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