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Federação de Teatro do Acre diz que FEM perdeu a noção de como gerir recursos públicos

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Tem polêmica na cultura.


O governo acreano, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) lançou um edital de socorro à classe artística que passa por dificuldades nesta época de pandemia.

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Ocorre que essa mesma classe artística, ou os representados pela Federação de Teatro do Acre, repudiaram o edital.


Em uma carta, divulgadas nas redes sociais, os artistas dizem que FEM não atendeu nenhuma das preocupações levantadas pelo Movimento Cultural em ABAIXO ASSINADO de cerca de 400 trabalhadores da Cultura de Rio Branco e vários municípios acreanos.


Afirma ainda que o edital demonstra que a atual gestão da FEM perdeu totalmente a noção de como gerir recursos públicos, além do desconhecimento do termo Economia Criativa, sendo para este edital um tangenciamento daquilo que é mais obvio na arte, onde o processo criativo vai além das limitações criativas, sendo a Economia Criativa uma invenção do passado.


“Este Edital batizado pela FEM de CONECT CULTURA, não nos conecta, não nos representa, não nos inclui, não nos atende, não nos cabe, não tem o pé rachado, não nos contempla, não nos pertence. Mas como o dinheiro é público, sendo público é nosso”, diz a Federação de Teatro.


A FEM ainda não se posicionou sobre a carta de repúdio.


Leia a carta abaixo:


CARTA DE REPÚDIO

A Federação de Teatro do Acre – FETAC, Grupos e Cias filiados, Entidade Associativa representativa do movimento teatral, com 42 anos de atuação em todo território acreano, respeitada e reconhecida regional e nacionalmente como uma organização atuante em defesa da cultura brasileira em todas suas dimensões, após consulta as suas instâncias deliberativas, vem a público REPUDIAR o recente ato monocrático do Presidente da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour e sua Equipe, quanto ao formato do Edital CONECT CULTURA, lançado no último dia 30.04.2020, que visa atender os trabalhadores da cultura durante a pandemia do COVID – 19.


Entendendo que, somente lançar um mecanismo para socorrer os artistas e fazedores de cultura através de um edital inexequível não garante a urgência desta ajuda, por ser um instrumento burocrático, que levará no mínimo 2 meses para sua execução e repasse dos recursos aos beneficiados.


Supomos que as Entidades e Associações culturais, neste momento de quarentena, não estejam em condições de garantir a gestão dos projetos, em risco de serem levadas a inadimplência. Além disso muitas destas organizações estão com seus projetos paralisados por conta dos decretos governamentais e as recomendações das autoridades em saúde pública, os quais defendemos e respeitamos como princípio basilar para garantir o direito à vida.


Diante disso pontuamos abaixo algumas situações que nos incomodam profundamente:

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– A FEM não atendeu nenhuma das preocupações levantadas pelo Movimento Cultural em ABAIXO ASSINADO de cerca de 400 trabalhadores da Cultura de Rio Branco e vários municípios acreanos, protocolado via E-mail ao Presidente daquela Fundação e divulgado nos meios de comunicação, em 23\04\2020, ignorando – o até o presente momento;


– Não respeitaram o que determina a Lei 2.312, de 25 de outubro de 2010, que se refere aos espaços e instâncias democráticas de participação na construção de políticas públicas, nem tão pouco, às políticas de gestão previstas naquela lei e amparadas pela Constituição Estadual de 1989;


– O Edital CONECT CULTURA, que prevê que Entidades Culturais capitaneiem “Lives” na Internet, demonstra que a atual gestão da FEM perdeu totalmente a noção de como gerir recursos públicos, além do desconhecimento do termo Economia Criativa, sendo para este edital um tangenciamento daquilo que é mais obvio na arte, onde o processo criativo vai além das limitações criativas, sendo a Economia Criativa uma invenção do passado;


Portanto, este Edital batizado pela FEM de CONECT CULTURA, não nos conecta, não nos representa, não nos inclui, não nos atende, não nos cabe, não tem o pé rachado, não nos contempla, não nos pertence. Mas como o dinheiro é público, sendo público é nosso.


Parafraseando um artista popular: “O Cascalho Cultural” de 100 mil, que era de 300 ou 400mil, passou para 200mil, terminou em 100mil para dois projetos de 50mil que pode virar 100nada, não atende a todos os fazedores de cultura que atualmente carecem de auxilio por conta do COVID – 19.


Sem mais, isentamos pessoas físicas da participação no mal-edito, e acrescentamos que a Entidade FETAC, seus grupos e companhias de teatro filiados se recusam a representar ou apresentar qualquer proposta.


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