Em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, os consumidores já abastecem os veículos com combustível mais barato depois da intervenção do Ministério Público, que recomendou a redução no preço do produto na mesma proporção da queda de valores das
refinarias.
Agora o valor do litro da gasolina passou de R$ 4,85 para R$ R$ 4,73. Mas o Ministério Público cita que a redução de 11 centavos não acompanha a diminuição de até R$ 1 que houve em várias cidades.
“A pequena redução do preço certamente já é um sinal dos reclamos do povo cruzeirense, mas infelizmente ainda está muito aquém do esperado. Conforme já relatei os preços nas refinarias caíram este ano 50%, sendo que a gasolina está sendo vendida a 0,91 centavos o litro, e o Presidente da Petrobras Roberto Castelo Branco criticou porque isso não reflete nas bombas dos postos de combustíveis. No início do ano toda a população foi pega de surpresa com aumento da gasolina em torno de 0,50 centavos. Quando as refinarias anunciam aumento, por exemplo, de 0,10 centavos imediatamente os postos aumentam no mesmo patamar, o que infelizmente não ocorre na mesma proporção quando se trata de redução. A população sempre fica no prejuízo. As duas últimas reduções (março e abril) somam 23%, mas tivemos apenas 0,12 centavos de redução ao consumidor final na bomba. Se o problema é dos revendedores ou dos distribuidores, ou de ambos, os promotores do Juruá estão investigando”.
Em Mâncio Lima, a intervenção do Ministério Público surtiu o mesmo efeito e os preços começaram a baixar. O livro da gasolina que estava a R$ 5.05 agora é encontrado de R$ 4,77.
O MP iniciou uma investigação nos postos de combustível com pedidos de notas e planilhas desde novembro do ano passado até agora. Questiona o motivo da não redução de preços dos combustíveis na cidade apesar da diminuição nas refinarias repassadas ao consumidor que chega a 40%.
Os promotores averiguam eventual abuso nos preços dos combustíveis para identificar a possibilidade de cartel, eventuais irregularidades na quantidade, qualidade, deficiência nos testes dos combustíveis.
Como sanção o MP cita a inutilização do produto; suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; suspensão temporária de atividade; revogação de concessão ou permissão de uso; cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; interdição, total ou
parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividades e intervenção administrativa.
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