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Café Contri faz pacto com funcionários: “vamos dividir o pouco que teremos, mas não terá nenhuma demissão”

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A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) trouxe incertezas, mudanças e até medo aos acreanos. Um povo que vive longe dos grandes centros urbanos do país jamais imaginou passar por problemas de magnitude mundial como a transmissão em massa de um vírus. O mesmo vale para as empresas locais, ainda que acostumadas a disputar espaço com a indústria externa, tiveram de se reinventar por completo diante de uma ameaça invisível, mas devastadora. É o caso da indústria do Café Contri e Café Sara, que há mais de 30 anos entram nos lares dos acreanos e agora adotaram medidas simples, inovadoras e esperançosas em prol do desenvolvimento, economia e geração de emprego no estado.


Adalberto Moreto, o popular Beto do Café Contri, publicou um vídeo nas redes sociais esta semana reforçando a importância de os acreanos consumirem produtos locais, principalmente neste período de crise diante da pandemia da Covid-19. “Precisamos ter cuidado com a nossa economia. Quando for comprar produtos, prefira os das indústrias do Acre, assim você mantem os empregos na cidade e no campo. Compre de quem sempre esteve perto de você”, aconselha o empresário.

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A marca Café Contri afirma que vê seus colaboradores como parte da própria família e por isso tomou uma decisão para caso de extrema necessidade. Com funcionários que trabalham no local desde a fundação da empresa, o proprietário diz que não tem uma equipe, mas uma família de colaboradores. “Eu me reuni com todos eles e nos comprometemos a enfrentar juntos essa crise. Fechamos um pacto. Se a crise aumentar e não tivermos faturamento para pagar os salários, vamos dividir o pouco que teremos, mas não vamos ter nenhuma demissão. Juntos Somos mais fortes”, garante.


Beto confessa que ninguém estava preparado para esse momento, mas que em meio a todos os problemas decorrentes da pandemia, encontrou uma forma de se reinventar e adequar a empresa à atual situação. “O primeiro passo foi adotar as medidas de segurança, e garantir a proteção dos nossos colaboradores. Afastamos os que compõem o grupo de risco”, explica.


Em seguida, readequou o fluxo operacional da indústria e a rotina da equipe para aderir ao atendimento por meio de canais diretos com a empresa, a fim de evitar o contato entre as pessoas. “Nosso produto é um item de cesta básica e na indústria não existe fluxo de pessoas, apenas de colaboradores. Estamos permitidos pelo decreto estadual a continuar trabalhando, apesar dos custos aumentarem com a queda de demanda”, salienta Moreto, destacando que seu setor foi um dos menos afetados, ao contrário daqueles que estão totalmente impedidos de trabalhar.



A empresa como um todo se diz preocupada por que esta situação de pandemia ainda pode se estender por mais tempo. “Precisamos trabalhar para manter os empregos e equilibrar a economia, porém nem todo mundo pode, pois a única forma de conter o avanço do Coronavírus é o distanciamento. Esse é um momento em que temos que nos unir, pois nosso estado é pequeno. Temos que valorizar os produtos que são produzidos aqui, temos muitas indústrias locais que geram empregos na cidade e renda no campo”, finaliza o empresário.


O decreto governamental que determina o fechamento de serviços considerados não essenciais foi prorrogado por mais 15 dias esta semana e a previsão mais otimista para o retorno do comércio é o próximo dia 4 de maio, isso se os casos de Covid-19 não continuarem aumentando significativamente no Acre, como vem ocorrendo nos últimos dias. O governado de Gladson Cameli já afirmou que as equipes estão montando um plano estratégico para reabrir o comércio aos poucos, incluindo medidas de distanciamento social e de proteção orientadas pela Organização Mundial da Saúde.


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