Na luta contra a pandemia de coronavírus, o Acre pode suportar e até, proporcionalmente, vir a salvar mais vidas no Brasil. Por um motivo singular: no Acre, mais de 80% da receita é gerada pela União e quase 100% da população depende do serviço público –– são servidores diretos ou indiretos, ou empresários, médios e pequenos comerciantes que dependem da estrutura pública.
O impacto econômico de isolamento social no Acre não tem a mesma intensidade do impacto econômico do isolamento social em São Paulo.
E lá, no Estado mais rico do país, o governador João Doria continua firme em defesa do isolamento social, apesar do impacto econômico.
Se o FPE for compensado pela União, como dizem que vai ser, o impacto na economia será menor, pois a crise sempre chega mais tarde no Acre, cuja receita é 80% de recursos federais e 20% de ICMS, que por sua vez é aquecido pelos 80% que vem de fora.
A Secretaria de Estado de Fazenda realizou um estudo e constatou uma redução na emissão de notas fiscais eletrônicas, resultante da queda de consumo de combustíveis, de alimentação e varejo em geral de confecções.
Na última semana (26/03 a 01/04), foi verificada uma queda nas emissões de notas eletrônicas, na ordem de 14,04% frente ao período anterior ao Covid-19, reflexo da diminuição do consumo em razão do isolamento social e das restrições de circulação.
Entre os setores de atividades, as emissões de notas eletrônicas teve mais impacto no varejo com mais de 25% de queda na comparação entre a última semana e o período antes da Covid-19. Nesse cenário, o atacado é a segunda atividade mais afetada (-12,88%), tendo registrado um crescimento na indústria (1,8%).
Quase metade da população do Acre está cadastrada no CadÚnico. Sendo assim, fará jus ao auxílio emergencial do governo federal de R$ 600, o que pode suprir a perda indicada pela redução de notas.
Não é correto dizer que quase metade da população recebe bolsa família; na verdade, quase metade está cadastrada para receber, mas o programa não cobre todos os que precisam. No entanto, o auxílio emergencial fará essa cobertura. Então, no caso do Acre, é possível considerar que o cenário será positivo e o governo deve olhar por esse lado.
Caso não haja comprometimento do pagamento dos servidores, até se pode deduzir que teremos mais dinheiro no Acre se a ajuda emergencial sair efetivamente.
Teremos mais renda, pois ambulante ou picolezeiro, por exemplo, não tiram R$ 600 líquidos durante um mês.
Além disso, o dinheiro de benefícios sociais vão diretamente para o consumo, pois ninguém faz poupança com isso. E, no Acre, é o dinheiro que mais aquece o comércio.
Independente disso, o que o governador Gladson Cameli fez até aqui para salvar vidas é reconhecido pelo povo acreano e até por seus adversários políticos.
Por Altino Machado – Jornalista
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