O funcionário do SAMU de Cruzeiro do Sul, preso na última quinta-feira, 9, que se passava pelo governador Gladson Cameli no Facebook, conseguiu que uma única vítima transferisse R$ 50 mil para sua conta bancária. A vítima é uma funcionária pública de 50 anos.
Ela conta que em junho do ano passado recebeu pela rede social pedido de amizade do homem que se identificou como Gladson Cameli. As fotos eram do governador e haviam registros de eventos oficiais do governo do Estado. Admiradora e eleitora de Cameli, acreditou que se comunicava com o gestor estadual.
Começou então um namoro virtual com o “governador” que a chamava de princesa, neném e a elogiava muito. O golpista fazia ligações pela rede social. A vítima contou que achava a voz igual à que ouvia na TV, o que ajudou a se convencer que falava com o próprio Gladson. Nas chamada de vídeo, o criminoso usava chapéu, óculos e o local era escuro. Muitas vezes, apontava a câmara em outra direção sob a alegação de que não podia mostrar as pessoas que estavam com ele em reunião.
Em 7 de junho do ano passado, quando houve a explosão de um barco em Cruzeiro do Sul, o falso Gladson pediu dinheiro pela primeira vez. Disse que precisava ajudar as pessoas com dinheiro em espécie, mas a burocracia era grande e por isso precisava de uma transferência urgente. Garantiu a devolução em uma semana. Não devolveu, e mesmo assim, conseguiu outros empréstimos por quase um ano com a vítima.
Sobre a conta em que o dinheiro era transferido ser no nome verdadeiro de Francisco Vanderlan, o falso Gladson disse se tratava de uma pessoa de inteira confiança.
Além dos depósitos também comprava objetivo pedidos pelo homem, como um jogo de rodas de carro que ele “tinha que dar de presente para uma pessoa, mas não podia aparecer por ser governador. Comprei e um taxista veio buscar”.
A mulher continuava iludida. Um dia encontrou o governador em um evento no Pronto-Socorro e recebeu um abraço. “Na verdade ele abraçou a mim e a todos que estavam na sala, mas pra mim aquilo era especial”, conta a mulher que lembra que o falsário a chamava para ir com ele à Brasília.
A situação chegou ao ponto da vítima vender um apartamento para seguir com a ajuda ao falsário. Com isso, não conseguiu comprar uma casa que estava negociando e deixou de ajudar a própria filha a terminar uma especialização. Também passou a não conseguir pagar o cartão de crédito e entrou no limite especial do cheque.
Quando resolveu começar a cobrar os valores, o falso Gladson se mostrou ofendido e a acusou de fazer chantagem pelo fato dele ser governador. Nessas ocasiões ele dizia que a ajudaria e que ela poderia ser secretaria adjunta. Ultimamente dizia que quando a pandemia de coronavírus acabasse, agora em maio, sentariam para acertar tudo.
A mulher só teve certeza do golpe quando a prisão do homem foi noticiada no ac24horas. Na segunda reportagem, ela constatou que o nome do falsário era o mesmo da conta para qual fazia as transferências de dinheiro: Francisco Vanderlan Souza da Silva.
“Gostava de receber elogios diários, mas dizia que não queria que ele se separasse da esposa. Como eu votei no Gladson e defendia esse projeto político achei de verdade que estava ajudando ele a resolver coisas do governo. Quando descobri o golpe no ac24horas fiquei destruída por ter sido tão ingênua a esse ponto, mesmo sendo uma mulher esclarecida. Tenho vergonha do julgamento das pessoas e quero meu dinheiro de volta”, desabafa a vítima.
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