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Paciente com Covid-19 levado para emergência do PS vira motivo de discórdia entre médicos

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Os protocolos de atendimento no caso de pacientes suspeitos de contaminação do coronavírus parecem ainda não serem claros suficientes para todos os médicos que trabalham no Pronto-Socorro.


O ac24horas teve acesso a uma conversa em um aplicativo de mensagens que mostra uma discussão entre um médico que estava no pronto-socorro e uma médica reguladora do SAMU, inclusive com promessa de abandono de plantão por parte da equipe.

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Na conversa, a médica afirma que o correto era levar o paciente para a SEC Covid-19, mas como está fechada vai leva-lo para o Setor de Emergência Clínica onde ficam os demais pacientes, como teria sido acordado em uma reunião.


O problema é que a médica é confrontada. Uma outra médica participante da conversa diz que está sabendo naquele momento do acordo e outro profissional afirma que o paciente só deve ser levado no caso da SEC está desocupado, o que não aconteceria naquele momento.


O médico da SEC afirma que a reguladora do SAMU não adote o procedimento, já que no local estariam 9 outros pacientes e ameaça abandonar junto com a equipe.



Um outro médico, que pede sigilo, ouvido pela reportagem afirma que a postura adotada não foi correta. “Paciente suspeito de coronavírus com tosse, falta de ar e dor no peito não deve ir para a SEC, já que o local tem outros pacientes e ele pode contaminar a todos”, diz.


Um familiar de uma idosa que esteve na SEC internada ao mesmo tempo do paciente com coronavírus ficou revoltado. “É muito complicado isso porque se um médico diz que não pode ficar junto, a gente acredita. Só soubemos dessa fato depois. A minha tia estava internada para fazer uma cirurgia do coração. Depois que ficou no ambiente desse paciente com coronavírus sem ninguém nos falar nada quando ela foi transferida para o Santa Juliana quem a acompanhou foi a minha mãe que já é de idade e tem diabetes”, diz o sobrinho.


O ac24horas ouviu a Secretaria Estadual de Saúde sobre o procedimento adotado pela reguladora do SAMU. De acordo com a Sesacre, contrariando os dois médicos, a SEC é habilitada para receber qualquer paciente clínico.


Resposta da Sesacre

Em resposta a situação ocorrida no dia 06/04 do corrente ano, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre informa que o paciente foi admitido na unidade de referência para atendimento COVID-19 UPA do 2° Distrito, evoluindo com piora no quadro clínico, sendo intubado na referida unidade, estabilizado e encaminhado pelo SAMU para Sala Vermelha do Pronto-Socorro, de acordo com o fluxo pactuado pela Rede de assistência à Saúde – RAS.


A Sala Vermelha – SEC, do Pronto-Socorro, é habilitada para receber qualquer paciente clínico, oferece toda estrutura necessária, equipamentos e equipe multiprofissional preparada para manejo dos pacientes graves, vale ressaltar, que a unidade em tela, dispõe dos equipamentos de proteção individuais necessários para proteção dos profissionais (avental impermeável, gorros, máscaras cirúrgicas e N95 ou PFF2, óculos de proteção).


Ainda, segundo a denúncia, a SEC estava com o leito de isolamento ocupado, porém, vale enfatizar, que o risco de contaminação cruzada para os demais pacientes era mínimo, pois o paciente estava entubado sob ventilação mecânica, em uso de filtro HME (O filtro bi-direcional hidrofóbico de alta capacidade como barreira para bactéria/vírus, composto de fibras de polipropileno, confere uma filtração eletrostática e retêm em sua estrutura partículas acima de 0,3 microns de diâmetro).

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O paciente permaneceu na unidade, aguardando o resultado do exame, com o resultado COVID-19 positivo, ele foi transferido para a unidade de terapia intensiva do PS (verticalização) unidade referência.


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