O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) está empenhado nas atividades essenciais para a garantia da produção de alimentos e da sanidade dos rebanhos no estado. Neste mês de abril, teve início a primeira etapa da campanha anual de vacinação contra a brucelose, doença que provoca queda na produção de leite, menor ganho de peso dos animais e abortos.
No Acre, a instituição está chamando a atenção dos produtores para importância da imunização dos rebanhos para que a produção pecuária não seja comprometida e os animais permaneçam saudáveis. Até o próximo dia 30 de junho, deverão ser vacinadas todas as bezerras com idade de 3 a 8 meses com a vacina B19. O Idaf reforça que apenas as fêmeas deverão ser vacinadas.
A veterinária Ane Gabrielle, chefe da unidade do Idaf em Xapuri, destaca a necessidade de o produtor rural procurar um veterinário ou agente vacinador devidamente credenciado para a fazer a vacinação, assim como adquirir a vacina em casa agropecuária igualmente habilitada mediante apresentação do receituário, emitido por médico veterinário cadastrado no Idaf.
Ane Gabrielle alerta ainda para a necessidade as bezerras serem vacinadas de forma adequada, com o agente vacinador usando todos os equipamentos de proteção, já que a vacina utilizada é do tipo viva atenuada e pode causar a doença no ser humano caso haja algum tipo de acidente durante a aplicação.
“O agente vacinador deve estar completamente paramentado, usando luvas, máscara e óculos de proteção para evitar a possibilidade de acidentes durante o procedimento”, explicou.
As bezerras imunizadas com a vacina B19 devem ser marcadas no lado esquerdo da face com o número zero, que é referente ao algarismo final do ano da vacinação (2020). A declaração da vacina poderá ser feita até o dia 10 de julho, mas a orientação é para que seja feita o mais rapidamente possível. Tanto a vacinação contra brucelose quanto a declaração ao Idaf são obrigatórias.
A brucelose bovina é causada pela bactéria Brucella abortus, que se instala nos órgãos genitais de machos e fêmeas, podendo provocar aborto com retenção de placenta em fêmeas prenhes. A principal via de contaminação da brucelose é o contato direto dos animais com fetos, placenta e secreções de fêmeas infectadas eliminados após o aborto ou o parto.
Como a brucelose é uma zoonose, isto é, doença que se transmite dos animais ao homem, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PECEBT), com o objetivo de baixar a prevalência destas doenças, reduzir o aparecimento de novos casos de brucelose e tuberculose e aumentar o número de propriedades certificadas, capazes de oferecer ao consumidor produtos de baixo risco sanitário.
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