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Barreiras sanitárias na BR-364 apresentam “furos” e aglomeração em ônibus

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Sandra Assunção

Com os casos crescentes de Coronavírus no Acre, governo e prefeituras tomaram medidas como a formação de barreiras sanitárias. O serviço é montado nas entradas e saídas das cidades com objetivo de monitorar os passageiros que chegam de avião, ônibus e demais veículos e barcos, evitando a proliferação da doença apesar do decreto governamental determinar redução de viagens e passageiros nos ônibus de linhas intermunicipais.


Mesmo com a fiscalização, o ac24horas constatou que os riscos são grandes para quem faz o percurso de 680 quilômetros de Rio Branco a Cruzeiro do Sul em ônibus lotados, fechados, com ar-condicionados e sem higienização nos banheiros.


Na noite desta quarta feira, 1, da Rodoviária de Rio Branco dois ônibus (de duas diferentes empresas) saíram da capital para o Juruá com lotação quase completa: 44 passageiros em cada, sentados lado a lado em clara e perigosa aglomeração.


Ninguém da Agência Reguladora Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre – AGEAC estava no local para fazer valer o decreto 5.496, do governo do Estado que determina que redução em 50% das viagens de transporte intermunicipal , com a redução de 50% na capacidade de passageiros. Cada veículo deveria levar apenas 22 pessoas.


Na secretaria de Comunicação do governo do Estado a informação sobre a não atuação da AGEAC na noite desta quarta é que o Estado não tem equipe suficiente para estar em todos os locais. A Secom orienta que “nesses casos orientamos ligar no Disque-Denúncia 181 para denunciar irregularidades”.



A Vigilância Sanitária de Rio Branco também não atua na saída dos ônibus na Rodoviária da capital, somente nos que chegam, quando os fiscais anotam os telefones e iniciais dos passageiros.


Seguindo pela BR-364, em Feijó, os passageiros dos ônibus que têm a cidade como destino final são identificados pela equipe de saúde a partir da listagem das empresas de ônibus. Eles são orientados a ficar por 10 dias em casa e se apresentarem sintomas do Covid-19, a procurar atendimento médico. Número de telefone e endereço são anotados para provável monitoramento.


Em Tarauac,á essa ação se repete e nas duas cidades a Polícia Militar atua com as equipes de Vigilância Sanitária.


Já em Cruzeiro do Sul, a barreira com técnicos da saúde e militares fica na Vila Lagoinha onde os passageiros descem em duplas. A temperatura corporal de todos é medida e endereços e contatos são anotados. Também são passadas orientações quanto à necessidade da procura pelo serviço de saúde em caso de sintomas do Coronavírus.


A professora cruzeirense Márcia Regina Correia da Costa cita que as empresas “deveriam aumentar a quantidade de ônibus para não termos que viajar assim colados uns nos outros”.


Indígena driblou quarentena

De acordo com a Secretaria de Saúde Indígena- Sesai, os índios que estão fora de suas aldeias, devem fazer quarentena nas Casas de Apoio Saúde Indígena – Casai, até poder retornar para suas terras sem por em risco os demais indígenas.


Mas um índio Katukina que vive na BR-364, próximo à Cruzeiro do Sul, driblou as equipes do Distrito Sanitário Indígena e Vigilância Sanitária e veio de Brasília até a aldeia sem ser identificado e monitorado.


Ele que vinha de Brasília, embarcou em Rio Branco com duas máscaras e capuz, não se identificou como indígena e desceu em frente à aldeia na BR, antes da barreira sanitária da Vila Lagoinha. Como na listagem constava como destino Cruzeiro, teria que ter ir ido atè a barreira sanitária do Lagoinha, para medição da temperatura corporal e dados pessoais para monitoramento, o que não ocorreu desde que ele entrou no Acre até chegar em casa.


A coordenadora do Distrito Sanitário Indígena da região, Iglê Monte, explica que um grupo indígena veio de Brasília e deveria ter ficado em quarentena em Rio Branco. ” Mas ele sumiu no aeroporto porque não queria ser monitorado e veio direto para a aldeia, mas já enviamos uma equipe até lá . O restante do grupo ficou em Rio Branco em quarentena”, confirmou ela. O chefe da Funai na região, Marco Antônio Gimenez, também afirmou que uma equipe da Fundação vai a aldeia verificar a situação.


Taxistas lotação se dizem prejudicados pela AGEAC

Um grupo de taxistas que faz lotação ( transporte compartilhado de passageiros) entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul recebeu comunicado da AGEAC que em vez de 4 só poderão levar 2 passageiros por viagem. O número de viagens também deve ser reduzido.


O organizador do grupo, Paulo Santos, conta que antes da pandemia a média era de 6 viagens por mês e agora são 2 e só de Rio Branco para Cruzeiro do Sul. “Mas os ônibus chegam aqui lotados e a AGEAC não fiscaliza. porque só a gente é penalizado?” , questiona.


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Sandra Assunção

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