“Eu não vou tomar medidas irresponsáveis que venham colocar em risco a segurança da população. Não vou voltar atrás. Mantenho o meu decreto e vou cumprir o prazo que precisa ser cumprido até que me provem o contrário”, disse o governador Gladson Cameli na noite desta terça-feira, 24, para o ac24horas ao analisar o pronunciamento do presidente da república, Jair Bolsonaro, que criticou o fechamento de escolas para combater a epidemia do coronavírus, atacou governadores e culpou a imprensa pelo que considera clima de histeria instalado no país.
De acordo com Cameli, o momento se exige “não brincar com vidas”, mas sim protegê-las. “Se você observar ontem foram 17 casos, hoje já confirmaram 21. E amanhã vão ser quantos? Eu não vou brincar com vidas. Eu vou proteger e salvar o maior número de vidas. Eu tô muito consciente e firme nas decisões que tenho tomado. Quem quiser achar ruim, que ache, mas eu vou pela maioria. Eu vou fazer o que tem que ser feito”, enfatizou o governador.
Sobre o cenário de catástrofe financeiro pregado pelo presidente e por empresários por causa dos decretos que fecham empresas e determinam o isolamento social, Cameli afirma que desde quando assumiu o governo do Acre vem tomando algumas medidas de contenção, mesmo elas não sendo tão grandes. “Desde de quando eu assumi eu venho tomando algumas medidas de contenção de gastos, enfim. Mesmo que essas medidas não foram tão grandes, a gente foi abrindo devagarinho, mas de uma forma ou de outra deu um governabilidade para que a gente pudesse honrar compromissos”, frisou o chefe do executivo que afirmou que de fato a situação é delicada. “Eu tô cortando através do próprio sistema da Sefaz de Planejamento 30% dos gastos da máquina, de cada secretaria, e a tendência é ampliar, além de trabalhar com o pé no chão.Nós estamos preparando todo um replanejamento”, pontuou.
Cameli afirmou que as declarações de Jair Bolsonaro representam apenas a opinião do presidente e que manterá a posição de decreto até que seja provado o contrário para que mude de ideia. “As declarações do presidente, isso ele fala por ele, pelo país, agora pelo governo do Acre falo eu. Mantenho minha posição até que me provem ao contrário com o aumento ou com a diminuição dos casos da gripe. Eu tô observando aqui no grupo, que a maioria dos governadores estão indignados e com certeza vai ter sim uma nota dos governadores aqui da região. Eu só acho que cada um interpretar como quer, e eu prefiro focar no caso do Acre”, explicou.
O chefe do Palácio Rio Branco ainda destacou que vem observando um movimento tentando enfraquecer seu decreto de calamidade nas redes sociais, mas que tem se reunido com os setores que geram emprego e renda com o objetivo de ir “cedendo devagar”. “Tenho visto uma movimentação nas redes para querer enfraquecer o decreto, não sei se é impressão, mas é uma movimentação que não vou mudar a opinião. Ontem foi reunido com todas as federações, com a construção civil, com todos e nós vamos manter o que dissermos, um acordo com eles e cedendo devagar. O meu foco é que a economia esteja forte, mas para isso eu preciso garantir, passar segurança para quem trabalha e estou tomando as decisões que hoje podem achar ruim, mas amanhã vão ver que estou certo”.
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