Mesmo diante de um risco de saúde desconhecido e sem precedentes na história recente do Acre e do Brasil, muita gente não tem deixado de lado um costume nocivo de multiplicar informações infundadas e sem procedência na internet, sendo a maioria delas alarmistas, falsas e responsáveis por causar na população insegurança e até pânico.
Foi o que ocorreu no caso de um taxista que procurou o hospital de Xapuri, nos últimos dias, com sintomas fortes de gripe, sendo que, diante da situação de pandemia de coronavírus, o profissional médico de plantão na unidade de saúde encaminhou o paciente ao município vizinho de Brasiléia para a coleta de material para testes que tiveram resultado negativo, segundo se apurou.
Ocorre que, em questão de minutos, dezenas de postagens nos ditos grupos da rede social já propagavam tanto o nome do profissional quanto a falsa notícia de ele teria testado positivo para a doença causada pelo novo coronavírus. De volta à cidade, o taxista a quem não identificaremos passou a sofrer consequências danosas da disseminação da mentira.
As fake news espalhadas em dezenas de grupos e em mensagens privadas levaram o homem a acreditar, inclusive, que o site ac24horas teria divulgado o seu nome e a falsa informação, o que já foi devidamente esclarecido e explicado a ele – ao telefone – por meio do correspondente do jornal em Xapuri, que em nenhum momento divulgou dados pessoais de qualquer caso suspeito.
A verdade, levada ao público pela boa informação prestada pelo site, é que não existem, entre os casos confirmados de coronavírus no Acre, nenhum que seja procedente de exames realizados por pessoas de Xapuri, até o momento. Existem, de fato, casos suspeitos que estão sendo monitorados e avaliados pelas autoridades de saúde nos âmbitos estadual e municipal.
Nesse momento de crise, o que se espera das pessoas com o mínimo de bom senso é que tenham, ao menos, empatia por aqueles que se encontram em situação à qual todos, sem exceção, estão sujeitos a enfrentar repentinamente. A hora é de as pessoas se preocuparem e se precaverem com o que está por vir, deixando o trabalho de informar para os veículos de comunicação.