Nos tempos atuais é praticamente impossível ganhar qualquer debate de opinião contra aqueles que já começam a peleja contrariando o 2° mandamento divino de não usar o nome de Deus em vão.
Vivemos sob um fundamentalismo religioso sem eira e nem beira.
Qualquer um que insurja contra essa aleivosia será imediatamente metralhado pela fúria do fanatismo daqueles que se comportam como verdadeiros sentinelas avançadas do Senhor aqui na terra.
Na política, então, surgiram os falsos apóstolos, profissionais e malandramente capazes de embalar multidões para satisfazer os seus interesses pessoais e financeiros.
Nas igrejas, principalmente n’algumas denominadas evangélicas, os autointitulados pastores usam e abusam da ignorância para fazerem verdadeiros assaltos aos bolsos dos mais crédulos e incautos em troca da salvação eterna ou até do pagamento de dívidas do crediário. Um descarado comércio da fé alheia.
No Brasil um presidente foi eleito usando indisfarçadamente o nome de Deus e se mantém escorado na ignorância de seus milhões de seguidores para desafiar, inclusive, a ciência e as recomendações sanitárias. Vale lembrar que 16 integrantes de sua comitiva de viagem estão contaminados, mas ele insiste em dizer que a pandemia é fruto de uma histeria.
Antes que a turba salte à frente para me amaldiçoar, quero dizer que praga de urubu não pega em cristão, pois acredito em Deus sobre todas as coisas. A diferença é que não cometo o grave pecado de usar santo nome Dele em vão e nem em troca de votos.
Max Weber, em sua obra a Ética Protestante atribuiu ao pensamento Calvinista o desenvolvimento capitalista ao apreço pelo trabalho e a pela poupança.
O que Deus prover àqueles que acreditam em seus mandamentos é a fé de pôr a mão na massa para, com o suor do seu rosto, inteligência e talento, ganhar o pão de cada dia. Assim sendo a fé é um poderoso instrumento e a ação e os resultados uma consequência dela.
Creio piamente que Deus dotou o homem de capacidade e discernimento para fazer escolhas, inclusive as erradas, e de enfrentar os obstáculos e desencontros da vida.
Deus provê tudo isso, mas a execução compete a nós.
Em uma passagem bíblica onde está escrito que “o povo perece pela falta de conhecimento”.
Neste momento difícil para o mundo com a pandemia do coronavírus, já se viu gente, parecendo ter descido do céu, pregando que somente Jesus é capaz de conter este mal.
Não tenho receio de que aqueles que usarem o dom divino da inteligência, se afastando da criminosa ignorância para lavar as mãos com sabão e adotar o isolamento social amplamente serão abençoados com a saúde e passarão por mais esta provação.
Os bons pastores devem convencer suas ovelhas a seguirem as orientações da comunidade científica.
Será que o bom Deus seria tão impiedoso ao ponto de levar pessoas para se contaminem durante um culto?
Ou Deus é misericordioso para fazer as pessoas entenderem que seguir as recomendações da medicina é o mais prudente? Sem medo de qualquer castigo eu fico com a última opção.
Rogo ao Senhor que tenha piedade desses que agem como seus bastantes procuradores aqui na terra e usam de má fé com maestria para coletar o dízimo dos fiéis para comprar carros importados e mansões.
Luiz Calixto escreve todas às quarta-feiras no ac24horas.
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