Até a primeira semana de fevereiro deste ano, o Acre teve quase 2,5 mil casos prováveis de dengue. O estado tem uma taxa de incidência de mais de 281 casos por 100 mil habitantes. As informações são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
Em 2019, o estado registrou mais de 9,5 mil casos durante todo o ano. A taxa de incidência foi de mil casos por 100 mil habitantes. Em Xapuri, de acordo com a direção de Atenção Básica em Saúde do município, a situação se estabilizou nos primeiros meses do ano.
Nos dois últimos meses de 2019, o número de notificações para dengue em Xapuri praticamente triplicou com relação ao mesmo período de 2018. Até o mês de novembro, havia 436 casos notificados, dos quais 391 haviam sido confirmados.
Os bairros mais afetados eram o Pantanal e o Laranjal, as regiões mais populosas da cidade. Em 2020, no período de 1º de janeiro a 12 de março, foram cerca de 170 as notificações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com Iraíde Mendes, diretora de Ações Básicas em Saúde, as principais medidas tomadas no município foram as de conscientização da população para o risco de surto da doença, que era iminente. Junto com isso, a prefeitura realizou ações de limpeza de quintais e retirada de entulhos.
No intuito de combater o mosquito da dengue, o Ministério da Saúde vem tomando ações para a diminuição do efeito do Aedes, como explica o diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Júlio Croda, em reportagem veiculada na manhã desta quinta-feira, 12, pela Agência do Rádio.
“O principal é a eliminação mecânica desses focos. Mas além disso, o Ministério da Saúde, no ano de 2020, normalizou a distribuição dos inseticidas e os estados já receberam e estão com capacidade de realizar ações complementares de eliminação desses vetores.”
Em janeiro, o Ministério da Saúde declarou que 12 estados brasileiros correm o risco de sofrer surto de dengue. Além de toda a região Nordeste, a população do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, deve ficar atenta para o possível surto do sorotipo 2 da dengue.
A população deve se mobilizar e ficar atenta com os focos, já que a maior parte dos criadouros do mosquito está nos domicílios.
O coordenador-Geral de Vigilância em Arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, pede que a população dos estados siga as orientações e entre no enfrentamento ao Aedes aegypti.
“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são domiciliares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde, como das secretarias estaduais e municipais, de saúde, aliado as ações de mobilização da população.”
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