A maior parte da sessão desta terça-feira, 10, na Assembleia Legislativa foi remetida a sessão da semana passada onde o deputado Fagner Calegário fez uma piada a cerca de que ausência dos parlamentares na sessão de quinta-feira, 5, foi devido a Operação Monturo, da Polícia Federal, que investiga fraude na Secretaria de Saúde.
Após o deputados Roberto Duarte (MDB), Cadimiel Bonfim (PSDB) e Neném Almeida (sem partido) repudiarem as declarações de Calegário, o deputado subiu na tribuna e soltou o verbo contra os colegas. “Eu pensava que estava no céu. Só tem santo nessa casa. Vossas excelências foram pautados pela imprensa. Em vez de discutir o que é de interesse, ficam fazendo picuinhas”, disse o parlamentar contrapondo a fala de Duarte.
Outro que também foi rebatido por Calegário foi Neném Almeida, que foi chamado de “traidor da categoria” e ainda retrucou contra Cadimiel: “eu quero saber o que vossa excelência tem feito. Sequer participaram da reunião do governo que tratava da segurança pública”, criticou.
Ao ver a fala de Calegário, Duarte subiu a tribuna novamente e classificou as declarações do deputado como “Peça teatral” e ponderou: “no momento que você ataca seus colegas, fica difícil pedir apoio. Eu não vou fazer que nem o senhor que sobe na tribuna e não cita um nome.Você esteve na tribuna, na polícia federal e não vi um só nome na tribuna. Deputado, o senhor é o homem da peça teatral. Seria mais honesto pedir desculpa pela fala de quinta-feira passada”, rebateu.
Cadmiel Bonfim também resolveu rebater Calegário. “Nós precisamos nos respeitar aqui na casa. Nós não devemos enfraquecer o parlamento não. O senhor deveria subir aqui, reconhecer o erro, como alguns colegas ja fizeram. Com sua arrogância o senhor complicou ainda mais a sua situação”, citou. O tucano ainda enfatizou ainda que o parlamento “não é um teatro, é um lugar sério, com representantes do povo”.
Quem foi responsável pelo discurso mais duro foi o deputado Neném Almeida que disse para Calegário “lavar a boca”. “Lave sua boca para falar de mim. O senhor não tem moral nenhuma para falar de mim. Quem não tem moral é o senhor que aqui bate no governo e a tarde tá na casa civil com o pires na mão.O senhor precisa de um psicólogo”, criticou.
Após ouvir “poucas e boas”, Calegário subiu a tribuna e pediu desculpas aos colegas de forma debochada. “Peço desculpa aos colegas. Pra mim esse assunto não é pra ficar aqui fazendo picuinha . Pra mim esse assunto hoje está encerrado, está morto. Se é um pedido de desculpa que vocês querem , mais uma vez eu peço desculpa a esse parlamento”, finalizou.