Neste domingo, Dia Intrernacional da Mulher, a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) traz à tona dados nada animadores sobre o mercado de trabalho para as acreanas.
No Acre, as mulheres ganham 12% menos que os homens, percentual que é o 2o maior da Amazônia, perdendo apenas para a taxa de Rondônia, onde a diferença salarial entre homens e mulheres chega a 20% -e empatando com o Tocantins (12%).
Na Amazônia, a menor diferença de ganho está no Amazonas, que apresenta diferença de 5% na comparação de rendimentos de homens e mulheres.
A taxa de desocupação das acreanas é de 16,1% enquanto a dos homens é de 11,7%. Em compensação, a presença feminina no trabalho formal é de 47,8%, a 2a maior da Amazônia em 2019.
No entanto, a taxa de mulheres ocupadas que não contribuem com a previdência social é de 42,7%.
Segundo o órgão, no ano passado, as mulheres brasileiras dedicaram 21 horas semanais ao trabalho doméstico (ao passo que eles dedicaram somente 10,5 horas), ganharam em média salário 22% inferior ao dos homens e tiveram taxa de desemprego 4 pontos superior ao sexo masculino.
Em relação a remuneração entre os gêneros ocupando o mesmo cargo, segundo o Dieese, no Brasil, a cada dez diretores e gerentes, quatro eram mulheres, mas o rendimento delas foi 29% menor. Em média, os homens ganharam R$ 40, por hora, enquanto elas receberam R$ 29.
As mulheres do Acre, especialmente as moradoras de Rio Branco, reclamam da falta de creche para deixar o filho e então ir trabalhar.
A conclusão do estudo do Dieese diz que muitas brasileiras sem ter um local seguro para deixar os filhos, precisam abrir mão do emprego. A pesquisa revela que 41% das entrevistadas cujos filhos de até 3 anos não tiveram acesso a creches trabalhavam, enquanto 67% daquelas com todos os filhos na creche tinham trabalho remunerado.