Sesacre diz que não renovou contrato com empresa investigada por suposta fraude

Por
Da redação ac24horas

Após as diligências da Operação Montouro, realizada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) emitiu uma nota de esclarecimento nessa quinta-feira, 5, afirmando que as supostas fraudes investigadas no contrato entre o órgão e uma empresa que fazia coleta de lixo hospitalar “se trata de contrato relacionado às administrações anteriores ao governo atual”, enfatiza a nota.


A atual gestão da Sesacre esclareceu ainda optou por “não dar continuidade ao referido contrato, tendo em vista parecer emitido pela Procuradoria Geral do Estado orientando para que o novo governo fizesse o devido distrato”. O órgão afirma que seguiu a orientação.


Hoje, a administração garante não ter nenhum vínculo com a empresa investigada.


Entenda

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Vilhena/RO e Rio Branco. Oito pessoas foram intimadas para prestarem esclarecimentos. Conforme informado pela Polícia Federal, os contratos sob suspeita foram firmados nos anos de 2017 e 2018 e tinham por objeto a coleta, transporte e tratamento do lixo hospitalar de vários municípios do Estado do Acre.


Dentre as irregularidades identificadas está a simulação de uma situação emergencial para contratar os serviços por meio de dispensa de licitação, favorecendo a empresa investigada. Enquanto isso, o andamento do procedimento licitatório se prolongou por mais de dois anos em virtude de atrasos injustificados. Em contrapartida, a empresa favorecida distribuía vantagens indevidas a ex-funcionários públicos.


Auditores da CGU detectaram um prejuízo de R$ 1.942.703,89, ocasionado por situações de sobrepreço e superfaturamento. Além de verificar que os valores praticados nos contratos são incompatíveis com os preços de mercado, a CGU constatou que a empresa investigada apresentava documentos de medição com uma quantidade de lixo coletada bem maior do que a média de resíduos produzidos pelas unidades de saúde.


Compartilhe
Por
Da redação ac24horas