Detentos de seis pavilhões do presídio Francisco d’Oliveira Conde e dos blocos II e IV do presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, aderiram a uma greve de fome nessa segunda-feira, 2, após manifesto de seus familiares exigindo melhores condições de alimentação, atendimento médico, visitas, entre outras reivindicações. Ocorre que no segundo dia de greve, policiais penais afirmam ter descoberto, durante fiscalização, diversos alimentos escondidos nas celas. O estoque de comida teve até farofa dentro de garrafas pet.
Pão, iogurte, bolacha, refrigerante, torrada, suco foram encontrados em poder dos detentos, segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen). “Agora os presos estocam farofa antes de declarar a greve. Tanta gente passa fome, já eles fingem que não comem”, disse um denunciante.
Os detentos estariam rejeitando a alimentação fornecida pelo estado desde ontem. A justificativa para o protesto são as medidas adotadas pela gestão do Iapen, como a retirada de objetos como rádio e televisão e redução no horário de visita, além da saída do policial penal Lucas Gomes da direção do instituto.
As várias garrafas com farofa estavam enterradas embaixo do “boi”, como é chamado o sanitário das celas, segundo o Iapen.
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