Após alerta do TCE, Ageac diz não ter interesse em contratar serviços com preços superiores aos praticados no mercado
Começa nesta segunda-feira, 2, o prazo para que a presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre, Mayara Cristine Bandeira de Lima, esclareça ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) o registro de preços e contrato firmado com a empresa C. Com Informática, no valor de R$ 546 mil. Existe suspeita de sobrepreço que, se confirmada, pode se transformar no primeiro escândalo envolvendo recursos financeiros na gestão do atual governo.
Mayara Cristine é nora do deputado estadual José Bestene (Progressistas) – homem forte do governo – que frequenta a cozinha do Palácio Rio Branco. No primeiro ano de gestão de Gladson Cameli, a nora e um genro de Bestene protagonizaram crises institucionais. A primeira delas, relacionada à nomeação aos “trancos e barrancos” de Mayara para a Agência Reguladora, depois de rejeitada pelos deputados da base governista por vícios no ato enviado à Assembleia Legislativa do Acre.
O genro do deputado, Cristiano Silva Ferreira, ganhador de uma ata de registro de preços, também levantou suspeitas no governo na compra de valor global de R$ 11,7 milhões pela aquisição de 2 mil computadores, no valor de R$ 5.865 cada um, pela Secretaria de Estado de Educação. A secretaria aderiu à ata elaborada mediante licitação promovida pela Secretaria de Fazenda do Estado do Amazonas.
No dia 4 de junho o nome da advogada ocupou a primeira página da imprensa oficial. Era o fim da crise? Nesse período, Bestene chegou a subir na tribuna e criticar fortemente o governador que ajudou a eleger. Em setembro do ano passado, após a derrota histórica do Palácio no caso da Lei de Diretrizes Orçamentária, o progressista chegou a bater na mesa e afirmar que estava rompido com o governo. As polêmicas ganharam holofotes.
O humor do Zeca, como é chamado carinhosamente entre amigos, foi mudando de acordo com nomeações que passaram a rechear o Diário Oficial. Além da nora, Bestene conseguiu emplacar na Fundação Hospitalar do Acre o genro, Moisés Marcelo de Lima, ampliando sua participação na estrutura governamental. Ela já tinha cargos na Saúde e Educação. Bestene nega que tenha muitos cargos.
De moral conservadora e de rigidez baseada na experiência da vida pública, Bestene tem a língua afiada. Ele foi secretário de estado de Saúde no governo Orleir Cameli, tio do atual governador. Ações emergenciais na época, como a compra de equipamentos da Holanda e a revitalização do Pronto Socorro de Rio Branco, marcaram a gestão do atual deputado como um dos melhores secretários que já passou pela pasta.
A notificação do TCE pedindo explicações da nora, Mayara, manifestou indignação do deputado, que chamou profissionais da imprensa de “vagabundos de plantão”. O parlamentar voltou atrás após a repercussão das declarações feitas via rede social. Ele se esforça para afastar o nome da família das suspeitas de corrupção no governo.
Em nota, a Ageac, administrada por Mayara, nega ter sido notificada pelo TCE pela “carona” de uma ata do IEPETEC, mas, confirma que a notificação ocorreu em função do item 18, referente a equipamentos de sonorização e/ou iluminação para eventos de pequeno, médio e grande porte. Com a existência de duas atas de licitação vigentes e com preços menores, segundo a notificação, “ocorreu sobrepreço”.
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