Terminou num verdadeiro jogo de empurra-empurra a audiência pública que tratou sobre a responsabilidade do poder público na morte do garoto de 8 anos, que caiu em um dos bueiros abertos da Estação de Tratamento de Esgoto, que estava desativada, no bairro Wanderley Dantas, em Rio Branco.
O representante do Serviço de Água e Esgoto (SAERB), Raimundinho Correia, e Enoque Pereira Lima, do Departamento Estadual de Água e Saneamento (DEPASA), compareceram, porém não chegaram a um consenso.
Segundo o diretor da Saerb, a morte do garoto poderia ter sido evitada com um simples “ato”. Segundo ele, o contrato celebrado, em 2012, entre o Saerb e o Depasa, repassava todas as responsabilidades ao Estado. “O município repassou ao Depasa, no âmbito da gestão associada de serviços, através de convênios de cooperação firmados com o estado, a prestação de serviços de água, esgotamento sanitário e compreendo a exploração e execução de obras, ampliações e melhorias, e com a obrigação de ampliar e administrar, com exclusividade, os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, no município de Rio Branco, inclusive, captação e adução, tratamento e distribuição de medição da água, reserva e conservação de redes, incluindo, as ligações prediais”, relatou.
Já o representante do Depasa, Enoque Pereira Lima, aproveitou para rebater a alegação do gestor. Ele afirmou que o contrato entre Saerb e Depasa é genérico e afirmou que a obra era um “elefante branco” e que nem o próprio Saerb recebeu a obra, em 2011, e colocou a obra na conta da prefeitura de Rio Branco.