Com pré-candidatura à reeleição já decidida, restando apenas a oficialização da continuidade da aliança com o PSB do deputado Manoel Moraes e a definição do nome quem comporá a chapa para o cargo de vice-prefeito, o atual mandatário de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos (PT) poderá não ter o cenário desejado para a disputa da eleição do próximo dia 4 de outubro.
Inegavelmente, o cenário desejado pelos partidos de esquerda que acompanharão Bira Vasconcelos na tentativa de seu terceiro mandato na prefeitura de Xapuri é o de uma eleição com pelo menos três candidaturas, o que, a exemplo do já ocorreu em outras ocasiões, poderá, em tese, facilitar a reeleição do prefeito petista, cuja gestão conta com boa avaliação popular.
No entanto, informações que surgem dos bastidores da política local indicam que a disputa na terra de Chico Mendes desta vez deva se polarizar. É que fontes tanto no MDB, que já definiu como pré-candidato o advogado Marcos Venícius, quanto no grupo que deve migrar junto com o vereador Gessi Capelão para o PSD não descartam uma união da oposição até a eleição.
Sempre comedido e cuidadoso com as palavras, Marcos Venícius, o pré-candidato do MDB, reafirma que a candidatura do partido é uma decisão consolidada que resultará em uma chapa competitiva, mas não desconsidera a probabilidade de união da oposição em um momento mais decisivo. Segundo ele, a sua pré-candidatura incomoda os “clãs políticos locais”.
“Eu estou me tornando mais conhecido”, afirmou.
O próprio Capelão, que negociou sua ida para o partido do senador Sérgio Petecão – ele e seu grupo se filiarão no próximo dia 7 de março – por não abrir mão de sua pré-candidatura para o jovem advogado xapuriense que ganhou a preferência da executiva municipal do MDB, não descartou a possibilidade de uma chapa única quando foi, novamente, questionado a respeito do assunto.
“Na política tudo é possível”, considerou.
Tanto é possível, que as fontes têm dito que Capelão e Carlos Venícius dialogaram, recentemente, com o até então isolado Aílson Mendonça, o pré-candidato do DEM. Ambas as conversas giraram em torno do mesmo assunto: uma possível união da oposição em Xapuri em um futuro não muito distante, mas evitando-se o ponto crucial da questão: a ordem dos fatores na composição da chapa.
Para quem acompanha de perto o desenrolar dos fatos políticos em Xapuri está claro que a única dificuldade considerável para a junção dos partidos de oposição no âmbito local é a insistência de Aílson Mendonça em ser o cabeça da hipotética chapa mesmo aparecendo como o mais mal avaliado em levantamentos internos recentes. Os próximos meses dirão quem cederá.
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