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O fosso social, ricos, pobres e a violência!

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Astério Moreira

O lugar mais profundo da terra fica no Oceano Pacífico. É a fossa das Marianas com quase 11 quilômetros de profundidade. A luz não penetra. É frio e escuro. Fica na junção entre as placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas.


No Brasil temos um fosso social tão profundo como as Marianas. O abismo social está localizado entre os que são alcançados pelas ações do estado como educação, saúde, segurança esgotamento sanitário, pleno emprego, lazer, esporte e cultura e os desvaliados, abandonados, entregues à própria sorte onde a luz não chega. E chega! Levada por religiosos que querem criar uma ponte em forma de cruz para resgatá-los das profundezas da escuridão onde reina a violência, o terror e a morte: O submundo do crime dominado por organizações que ocuparam a lacuna deixado pelo poder público. O precipício é profundo.


É nesse espaço árido, desértico, no vácuo da presenta da União, estados e municípios que floresce a delinquência, o tráfico, os assassinatos. Adolescentes, jovens, adultos e até idosos compartilham da fome e da miséria, mas, também, dos lucros das drogas. Da proteção dos traficantes benfeitores. Chega a ser um alento para eles (que lástima). São numerosas famílias cujo seus jovens são agora soldados recrutados nesse ambiente de desesperança onde impera a lei do cão. É uma guerra pelo poder.


Só um território é respeitado pelos criminosos: as igrejas, quando a conversão é verdadeira. No horizonte nuvens densas, espessas e escuras como nas noites de tempestades. Não há futuro para eles. É aqui, agora. O estado brasileiro não responde as demandas de segurança, educação, saúde, justiça nos grotões da pobreza.


A classe dirigente (e dominante) está mais preocupada em resgatar a “Era Vitoriana” de rígidos costumes, moralismo social, sexual, fundamentalismo religioso e exploração capitalista do que diminuir a profundidade do fosso social. Isto sem falar na corrupção do setor público que se espalha como praga. É um outro lado da moeda. Esses estão nas mansões, nos palácios e não nas favelas, nos grotões, nos esgotos.


O que o futuro reserva para o Brasil e o Acre (sendo um estado de fronteira muito disputado) só Deus sabe. Aliás, não fossem as religiões, as igrejas representantes de Deus nesse inferno, a situação seria ainda pior.


Nos próximos anos teremos eleições pela frente. A história se repete. Messias aparecerão pregando a paz, prometendo progresso, a justiça e o fim da violência, principalmente no universo sofista da política onde tudo é muito relativo, inclusive a vida de milhares de jovens pobres que não terão chance alguma de viver. De ter uma vida diferente porque quem deveria cuidar, educa-los e protege-los na infância não o fez: União, estados e municípios porque a responsabilidade é de todos.


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Astério Moreira

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