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Grupo empresarial mira no mercado asiático com a construção de Portos Secos rumo ao Pacífico

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O encontro que reuniu autoridades políticas e grupos empresariais do Acre em Pucallpa, capital do Departamento de Ucayali, no Peru, durante esta semana, definiu os melhores caminhos para iniciar a ligação entre ambos os estados – num primeiro momento por linha aérea – e posteriormente via terrestre na construção de Portos Secos. A obra é vista com muito interesse pela classe empresarial, tanto do Acre quanto do Peru. A intenção é dar mais celeridade ao fluxo logístico, “desafogando” a movimentação de mercadorias em Zonas Primárias (Portos e Aeroportos). O objetivo é atingir o mercado asiático.


A construção de Portos Secos foi um dos assuntos debatidos pelo grupo junto ao embaixador do Brasil no Peru, Rodrigo Soares, que garantiu buscar apoio ao projeto. O vice-governador do estado, Major Rocha, assegurou que esta é uma iniciativa que já está sendo sensibilizada e prestes a ser concretizada. “Logo no início do governo, tentamos junto aos empresários do Acre a sensibilização para que tivéssemos um Porto Seco na região de Assis Brasil e Brasileia”, explica Rocha. Segundo ele, agora um grupo empresarial está interessado na construção desse Porto Seco.

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FOTO: SÉRGIO VALE

“É um instrumento importante, que agiliza a importação e exportação e ainda desburocratiza todo esse processo aduaneiro”. O vice-governador afirma que seria muito importante ter esses portos na visão de comércio exterior. “Ter acesso ao mercado andino (Peru, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela) dá acesso ao mercado asiático com a construção desse Porto Seco”, ressalta.


Brasil afora, há inúmeras experiências bem sucedidas relacionadas ao comércio exterior utilizando Portos Secos. Agora, o governo do Acre apoiado pela classe empresarial, decidiu por essa construção ao invés de apostar na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que em tempos atrás, não deu certo. “Ainda estamos tentando ainda viabilizar a ZPE, mas até agora não conseguimos. Porém, acredito que pelas experiências positivas que tivemos no Brasil com Portos Secos, este seria um instrumento no processo de comercio exterior do Acre”, destaca Major Rocha.


FOTO: SÉRGIO VALE

O engenheiro civil Anderson Martins faz parte da Magnificat Projetos e Soluções em Negócios. Em parceria com a Inteligência Comercial (Incom), da analista que cuida de Portos Secos em Santa Catarina e outras regiões do Brasil, Elisângela Ebel, viabilizou um Porto Seco em Epitaciolândia, por conta da Estrada do Pacífico, que já interliga os portos no Peru. “Essa proposta cria ali uma zona alfandegária com armazém geral, onde se pode fazer as importações, nacionalizar os produtos de outros países para dentro do Brasil, e também pegar os produtos brasileiros e exportar através dos Portos do Peru, via essa Estrada do Pacífico”, comenta o engenheiro.Martins comemorou o encontro com os peruanos. “É a resposta que a região toda precisa. Essa estrada de interligação de Cruzeiro do Sul a Pucallpa e de Pucallpa até os portos do Peru é muito perto, além e ter uma região com menos acidente de relevo”, salienta. De acordo com o engenheiro, um momento histórico. “É possível que o Acre, que antes era o último estado do país – já que se via muito o Oceano Atlântico, e agora se olha mais para o Oceano Pacífico e os países asiáticos – se torne a entrada e não mais o último estado do país”, prospera.


Para isso, o engenheiro afirma que é necessário manter a união do grupo [político e empresarial] pra que a ligação terrestre, de fato, aconteça o mais rápido possível.


Sobre Portos Secos

Portos Secos são recintos alfandegados de uso público de zona secundária nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem. O controle aduaneiro ocorre através da Receita Federal. Por eles, recebem as cargas ainda consolidadas, podendo nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Um Porto Seco armazena a mercadoria do importador pelo período estipulado pela receita, e após sua nacionalização, pode permanecer como zona de armazenagem apenas pelo tempo que o cliente necessitar. É instalado em regiões produtoras e consumidoras, com volumes de Exportação e Importação consideráveis.


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