A relação entre o maior sindicato do Acre e o governo do estado virou faixa de Gaza.
O nível de insatisfação pode ser medido por uma publicação da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, nas redes sociais direcionada ao governador Gladson Cameli.
Rosana diz que os servidores da educação têm o direito de se manifestar, fazer movimento e cobrar reposição inflacionária e condições de trabalho.
Afirma ainda que foram 20 anos para que a educação se revoltasse com os governos petistas, mas que em um ano a atual gestão provocou uma insatisfação geral da categoria.
Além de dizer que Gladson Cameli é mais perseguidor do que os governos anteriores, Rosana acusa o governador de imaturidade e viver fugindo das negociações para não ter que resolver a situação da educação. “Seu governo e o mais perseguidor que o anterior, seu governo tem sido mais cruel com a Educação do que qualquer governo. Vossa Excelência trate as coisas com maturidade, sente para negociar, ficar fugindo não vai resolver a situação da categoria”, diz Rosana.
Do outro lado, até agora o governo deu calado como resposta à publicação de Rosana Nascimento. O que se sabe nos bastidores é que o governo aposta e incentiva o desgaste da atual presidente do Sinteac junto à categoria.
O entendimento é de que os professores por não terem atendido a convocação do sindicato para não iniciar o ano letivo, somados a não eleição de Rosana Nascimento para o cargo de deputado federal, mesmo tendo quase 6 mil votos, aliada a perda do comando da Central Única dos Trabalhadores, onde a sindicalista também era presidente são indícios de que há um desgaste com a categoria e o poder de mobilização de Rosana já não é mais o mesmo.
Com o atual nível de tensão entre Sinteac e governo, com certeza, essa é uma novela que terá novos capítulos em breve.