Durante a pré-convenção da Comissão Executiva Municipal do MDB em Xapuri, que no último sábado, 8, definiu o nome do advogado Carlos Venícius como o pré-candidato do partido à prefeitura do município, o senador Márcio Bittar criticou a estratégia política do deputado estadual Antônio Pedro (DEM), que detém a maioria dos cargos comissionados do governo na cidade.
O senador se referiu ao assunto para reforçar a posição do seu partido de sustentar candidatura própria no município onde Aílson Mendonça, filho do deputado do Democratas, seria, em tese, o nome do governo para a disputa da prefeitura sendo mantida a aliança ajudou a eleger o governador Gladson Cameli no primeiro turno da última eleição estadual com 53,71% dos votos.
“Apossam-se de toda a estrutura de poder no município e depois dizem que temos que me apoiá-los porque senão quem vence é o PT? Nada disso, o MDB tem projeto político definido e temos todas as condições de apresentar candidatos competitivos e ganhar as eleições não apenas em Xapuri, mas em outros municípios também”, afirmou o parlamentar acreano.
Desde o início do atual governo, emedebistas e democratas se desentendem em Xapuri. Primeiro, por conta da distribuição dos cargos do governo entre os aliados, que na cidade beneficiou amplamente o deputado Antônio Pedro; segundo, por conta de uma disputa pelo comando da Associação Comercial do município que envolve o deputado e o dirigente municipal do MDB, Celso Paraná.
A disputa de poder que afastou o DEM e o MDB no município também distanciou o pretenso candidato Aílson Mendonça da condição de nome favorito a representar a aliança dos partidos de oposição na cidade, resultando no lançamento das pré-candidaturas do advogado Carlos Venícius e do vereador Gessi Capelão, mais bem avaliados que o democrata nos levantamentos internos.
Latifúndio improdutivo
O “feudo” citado pelo senador Márcio Bittar também trouxe outro prejuízo político para Antônio Pedro e o filho em Xapuri. Aílson é dono de uma rejeição gigantesca dos eleitores consultados nas pesquisas internas feitas pelo próprio grupo político ao qual ele pertence. Prova de que o latifúndio estabelecido pelos democratas no município, resultado do apoio dado ao governo eleito, não está sendo tão produtivo quanto se esperava.