A ideia de um conselho politico, ou conselho de estado é boa para qualquer governante. Os exemplos, ao longo da história, são muitos. Foram preponderantes no sucesso de reinos, impérios e repúblicas. A ideia não é nova e ajuda. O governo americano, por exemplo, tem um conselho que lhe orienta nas decisões mais importantes. Os próprios ministros de estado ou secretários tem essa função.
O governador Gladson Cameli cumpre duas funções básicas: chefe de estado (dirige os negócios públicos) e a representação política. A criação de um conselho politico lhe ajudaria muito porque foi eleito em uma coligação de partidos. Seria um conselho formado por representantes de cada partido que compõe a aliança política que o elegeu. Necessariamente formado por pessoas preparadas, legitimados pelas Executivas para orientar, debater e aconselhar. Nunca para ficar pedindo cargos.
No Acre, o primeiro a criar um conselho politico foi o então governador Jorge Viana (PT). Alguns criticavam, mas funcionou muito bem com a Frente Popular. Outro conselho que foi além das expectativas foi o Movimento Democrático Acreano, o MDA. Bem organizado e disciplinado impôs ao PT uma derrota histórica em 2000 Governou bem com Flaviano Melo na prefeitura da capital.
Se é verdade que o governador Gladson pretende criar um conselho politico que o faça com zelo. Escolha as pessoas certas para lhe “aconselharem” nas crises como, por exemplo, a violência que assola o Estado. Porém, melhor ainda, colaborar na condução política evitando disputas internas e ataques dos próprios aliados como se vê. Afinal de contas, quem não ouve conselho, ouve coitado! Quanto as críticas, sempre vão existir. Se os propósitos forem bons dará tudo certo.