O vereador Marcos Luz (MDB) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta quinta-feira (6), para anunciar que é contra a proposta de Intervenção Federal realizada pelos colegas parlamentares Emerson Jarude (sem partido) e Roberto Duarte (MDB).
Para Luz, apesar do momento delicado na segurança pública, o pedido pela intervenção federal é muito mais complexo. Para ele, a tentativa de intervenção fomenta “o medo e o desespero dos cidadãos”.
“A preocupação quanto à insegurança que estamos vivendo é de todos. Todavia, quanto ao ofício encaminhado ao governador para pedir ao Governo Federal intervenção no nosso estado, eu, particularmente, não sou a favor. Isto é um assunto complexo. O governador tem que pedir ao presidente, e o Congresso Nacional tem que aprovar. Sou morador do Tancredo Neves, região periférica, sei da nossa realidade. As pessoas esperam das autoridades alguma coisa. Não podemos alimentar o medo e o desespero das pessoas. Temos que ser pacificadores. O governador esteve com o ministro Sérgio Moro, que disse que é preciso fazer um estudo”, frisou.
O emedebista cobrou uma participação maior dos órgãos de justiça e disse que o Partido dos Trabalhadores (PT) politizou a Segurança Pública nos 20 anos que governou o estado, e reafirmou que não irá assinar o pedido pela intervenção federal no estado.
“O governador vai ser reunir novamente com o Ministério Público, com o Tribunal de Justiça e outras instituições. Não cabe intervenção federal. Não tem que ficar se incomodando até com a respiração do governador”, defendeu.
Por fim, Luz disse que não adianta a população ficar comparando a situação em que o Acre vive agora, com a época do Marrosa e do Esquadrão da morte.
“Não adianta comparar com a época do Marrosa, do Esquadrão da Morte. Hoje são duas facções grandes que, inclusive, estão em grande parte da América Latina. Quem alimenta as facções? A própria sociedade. O cidadão que é exemplo de dia, depois vai comprar pó. As instituições precisam se unir. Não é trazendo um simples papel que vai resolver. Conhece algum lugar do mundo onde acabaram o tráfico de drogas? Acredito na força do Estado. O Estado não pode ser menor, não pode ser mais lento. Precisamos de alguma forma tranquilizar o cidadão do Acre”, concluiu.
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