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Professores do Instituto São José não recebem desde dezembro e ameaçam não iniciar aulas

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Leônidas Badaró

O ano letivo está marcado para começar na próxima segunda-feira, 5, em todas as cidades do Acre. Mas, no tradicional Instituto São José, na capital acreana, pode ser que os alunos demorem um pouco mais para iniciarem os estudos.


O motivo é que os professores que dão aula na unidade de ensino estão desde dezembro sem receber seus salários.


“Estamos prometendo entrar em greve na próxima semana quando começa o ano letivo. Não recebemos dezembro, não recebemos janeiro e já entramos no terceiro mês sem ter um centavo no bolso. Não estamos pedindo nada demais, apenas o direito de receber nossos salários. Vamos nos reunir e cruzar os braços na segunda-feira e não iremos iniciar as aulas”, afirma uma professora que prefere não se identificar com medo de ser despedida.


Por causa do atraso de mais de 60 dias no pagamento, ela conta que muitos professores estão sem condições de chegar até à escola. “Nós, funcionários estamos indo trabalhar sem vale transporte, sem dinheiro para gasolina e obrigados a participar de cursos de capacitação. O engraçado é que há uma obra de construção de uma rampa de acesso ao segundo piso e a empresa vem recebendo normalmente. Ou seja, só não tem dinheiro para pagar nossos salários”.


O Instituto São José, inaugurado em 1958, é conveniado e recebe recursos do estado para atender mais de mil alunos da rede pública de ensino, apesar de ser administrado pelas irmãs Servas de Maria Reparadoras.


O ac24horas teve acesso a um áudio onde a irmã Sandra, que é uma das administradoras do colégio, afirma que já fez tudo que pode, mas o governo não repassou o valor dos convênio. Diz ainda em determinado trecho que já mandou mensagem até para o governador.


“Eu sei que tá difícil para todo mundo, as meninas não tem dinheiro nem para o vale transporte. Eu já mandei até mensagem para o governador. Vamos esperar até segunda-feira para saber se temos alguma resposta do governo”, diz na gravação.


A reportagem procurou o governo do estado e aguarda um posicionamento sobre o atraso dos repasses ao Instituto São José.


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Leônidas Badaró

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