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Empresários e governo discutem gargalos que impedem a exportação do Acre para o Peru

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O auditório da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC) esteve lotado na manhã desta quarta-feira, 5. Na plateia quem sabe de cor e salteado que a exportação para o Peru é extremamente importante para a economia acreana, com a geração de emprego e aumento da produção.


Mas esses mesmos empresários que sabem da importância da exportação para nossa economia, são os mesmos que enfrentam os problemas ocasionados pela falta da presença mais efetiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nos postos de fiscalização alfandegária em Epitaciolândia e Assis Brasil. Para se ter uma ideia da situação, há apenas um fiscal do ministério para atender os dois postos.


Esse foi um dos problemas relatados pela FIEAC e pelo Governo do Acre ao secretário de Defesa Agropecuária do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), José Guilherme Leal.
Guilherme está no Acre e retornou de uma visita aos municípios do interior, onde conheceu de perto a realidade dos postos de fiscalização.

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A reivindicação por melhores condições nos postos de fiscalização que facilitem a exportação para o Peru é uma briga antiga da FIEAC, que vem começando a produzir resultados positivos. “Isso é resultado de um trabalho que estamos fazendo há mais de dois anos desenvolvendo a cultura exportadora no nosso estado. Havia um descaso muito grande em relação a estrutura dos nossos postos de fiscalização. Estamos equacionando algumas coisas e essa vinda do secretário tem sido muito proveitosa”, diz.
José Adriano explica que um dos maiores problemas enfrentados para exportação foi resolvido com uma determinação do secretário do MAPA.


“Um dos nossos maiores problemas é que só temos um profissional do MAPA que precisa se dividir entre Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil. O secretário decidiu e autorizou que anunciássemos que todas as cargas, tanto as que saem ou chegam no Brasil pela nossa fronteira, serão internalizadas apenas em Brasileia. Elas vão passar em Assis Brasil, mas o trabalho será feito em Brasileia. Com isso, o profissional não vai precisar de deslocar e vamos ter a fiscalização todos os dias”, explica Adriano.


A agenda positiva é a soma de esforços de empresários, por meio da FIEAC, e do governo do estado que incentivam que o Peru se torne cada vez mais um parceiro comercial do Brasil, via Acre, por meio do corredor interoceânico pela Estrada do Pacífico.



“O governo tem procurado estreitar a relação com o Ministério da Agricultura para que possamos aproveitar esse mercado andino e no futuro o merca asiático. A vinda do secretário é para eliminar esses gargalos. Ano passado deixamos de exportar, pelo Acre, 15 mil toneladas de milho para o Peru que viriam do Mato Grosso e não foi possível por falta de fiscalização. Temos outros gargalos e vamos superar para construir de forma efetiva essas relações comerciais com o Peru e a Bolívia”, disse o Major Rocha, governador do Acre em exercício.


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Fotos: Assessoria FIEAC


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