O governo do Acre anunciou com grande pompa no ano passado o reforço na frota de aeronaves com a doação do Ministério da Justiça e Segurança Pública de mais um helicóptero, que se somou ao que já existia, e um avião que foi doado pela Polícia Rodoviária Federal.
As três aeronaves deveriam ajudar no combate à criminalidade e também no resgate de pacientes em condições graves de saúde que estejam em locais de difícil acesso.
Pois se depender das condições atuais das três aeronaves do governo nenhum bandido vai ser preso e nenhuma morte vai ser evitada.
Um dos helicópteros, o Harpia 1, se envolveu no último dia 18 de janeiro em um acidente com um caminhão baú e não tem nenhuma previsão de voltar a voar.
O Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), aguarda o término do relatório sobre a recuperação ou a necessidade da compra de uma nova aeronave, em caso de comprovação de perda total.
O outro helicóptero, que foi doado pelo ministro Sérgio Moro, se encontra em manutenção. Segundo Naick Souza, coordenador do Ciopaer, apesar de já ter começado, como se trata de uma manutenção grande, não há previsão para que o helicóptero volte a voar. “Como é uma manutenção grande, nós não temos como determinar uma data para que a aeronave volte a operar. Quem pode fazer isso é a empresa responsável pela manutenção, mas que ainda não nos passou uma data”, afirma.
Já o avião, objeto de parceria com a Polícia Rodoviária Federal também não tem condições de sair do solo. Dos três, esse é o que tem mais chances de voltar a voar em menos tempo, já que não se trata de manutenção ou problema mecânico, mas sim de regularização na documentação. “A gente está trabalhando na saída dela e acreditamos que daqui a 10 dias já possamos voltar a voar com a aeronave, pois se trata de uma questão de legislação”, explica Naick.