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Alunos da Escola da Floresta cobram conclusão de cursos

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Leônidas Badaró

A exemplo do que aconteceu com os estudantes da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, onde centenas deles foram atraídos com a promessa de fazer o ensino médio e um curso técnico profissionalizante ao mesmo tempo e viram a expectativa se transformar em frustração com a paralisação dos cursos técnicos, os estudantes da Escola da Floresta, antigo Colégio Agrícola, vivem situação semelhante.


Os estudantes contam que a proposta de integração entre o nível médio e curso técnico funcionou nos dois primeiros anos, até 2018.


No ano seguinte, quando começou a nova gestão estadual, ano que seria o último para a conclusão dos cursos de Técnico em Floresta e Técnico em Agroecologia, veio a surpresa: os alunos não tiveram um dia sequer de aula da qualificação técnica.


Resultado é que os estudantes terminaram o ensino médio, mas, por falta de um ano, não conseguiram concluir o ensino técnico e não estão saindo da escola com uma profissão, como era o sonho da maioria.


“Tinha estudante que vinha do quilômetro 100, pegava dois ônibus para chegar na escola. Eu conheço um aluno que andava 20 quilômetros, já que boa parte é da zona rural”, afirma a estudante Amanda Maia.


A estudante conta ainda que governo fez diversas promessas de início das aulas e chegou a apresentar aos alunos um edital para a contratação dos professores. “Eles enganaram a gente. Nos três primeiros meses de aula, disseram que iam mandar os professores dos cursos técnicos e nunca mandaram. Como nós fizemos pressão, eles entregaram uma cópia de um edital dizendo que iam contratar os professores. Estamos esperando até hoje”, diz Amanda.


Além da frustração do sonho, não concluir o curso técnico implica perder oportunidades. O IDAF lançou há poucos dias um concurso para contratação de técnicos em defesa agropecuária e florestal. Como não terminaram os curso, os estudantes não podem concorrer as vagas.


O ac24horas consultou o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica do Acre (IEPTEC). Ana Abreu, do departamento pedagógico do instituto, foi designada pelo presidente do órgão, Francineudo Costa, para falar sobre o assunto. “Nós estamos no processo de desmembramento das turmas do integrado junto com o Conselho Estadual de Educação e acompanhamento do Ministério Público. O conselho já autorizou e agora vai determinar quem é a escola guardiã que vai certificar os alunos”, diz.


A resposta nem de longe atende aos anseios dos estudantes. A certificação é uma obrigação, já que foi concluído o ensino médio. A grande dúvida é o que vai acontecer com os dois anos de curso profissionalizante. Os estudantes terão a oportunidade de terminar a qualificação técnica? existe alguma movimentação do Ieptec para resolver essa situação? são questionamentos que os jovens cobram uma resposta, mas que ainda não foram respondidos pelo governo.


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Leônidas Badaró

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