Não é segredo para ninguém que sempre houve uma rivalidade entre Polícia Civil e Polícia Militar no Acre. De tempos em tempos a intensidade dessa rivalidade aumenta ou diminui de acordo com os fatos do momento.
Neste início de segundo ano da gestão de Gladson Cameli e com o aprofundamento da crise na segurança pública o nível é alto na rivalidade.
Pegue como exemplo o comentário feito pelo presidente do Sindicato dos Policiais do Acre, Tibério César da Costa.
Na publicação de Gladson Cameli em uma rede social onde o governador conta que junto com o Coronel Ulysses Araújo, comandante da PM, e o Major Rocha, vice-governador, está participando em Las Vegas, Estados Unidos, da maior feira de armas do mundo, Tibério critica o tratamento dado a Polícia Civil.
O presidente do Sinpol afirma que a Polícia Civil acreana tem o menor efetivo do Brasil e que toda a política de segurança tem se resumido a apenas uma única força de segurança insinuando que é a PM, mesmo sem citá-la. “A visão de Segurança Pública tem se resumido a apenas uma única força de segurança e que não é a Polícia Civil. Sabemos que a aquisição de armas é algo importante, só não sei quantas irão para a PC/AC, já que temos o menor efetivo policial do Brasil”.
Tibério afirma em seu texto que há problemas mais urgentes e mais baratos para serem resolvidos. “Temos outros problemas mais urgentes e alguns bem mais baratos de se resolver, tal como a regularização do fornecimento de internet nas delegacias, pois trabalhar combatendo o crime organizado sem internet é praticamente impossível”, diz.
O presidente do sindicato que representa os policias civis afirma ainda que os estados que estão tendo sucesso no combate ao crime organizado apostaram no policiamento investigativo. “Não é diminuindo o número de delegacias em Rio Branco que se trará paz social. Não é enfraquecendo e deixando o trabalho investigativo em 2º/3º/4º plano que o crime organizado será derrotado. Os estados que passaram por uma onda de violência, só conseguiram diminui-la com um forte trabalho repressivo/investigativo, a exemplo do Estado do Ceará”, destaca.