O secretário de segurança, Paulo César dos Santos, se manifestou na noite deste domingo, 19, após o ac24horas questioná-lo a cerca das declarações do deputado estadual Roberto Duarte (MDB), que pediu para que o governador Gladson Cameli solicitasse intervenção federal na Segurança Pública.
De férias para tratamento de saúde de seu filho, o gestor afirmou que não deixa de participar do processo decisório quanto as ações que estão sendo desencadeadas no Sistema de Segurança e lembrou que nesta segunda-feira, 20, uma coletiva de imprensa será realizada pela cúpula para prestar esclarecimentos e providências a respeito dos últimos acontecimentos.
“Por outro lado, as declarações do Deputado em questão surgem num momento sensível e que carece de reflexão de todos que tem influência sobre a segurança da sociedade, pois acredito que simplesmente requerer intervenção federal é irrelevante, pois antes de requerer intervenção temos que solicitar que a União cumpra seu papel constitucional quanto aos fatores que impulsionam a violência”, explicou.
Paulo César acredita que “o Acre precisa realmente de intervenção federal para que a União cumpra seu papel constitucional” quanto ao controle da fronteira, do espaço aéreo e dos rios, por onde trafegam os insumos do crime (drogas e armas). “Rrazão pela qual necessitamos que o Exército realize o patrulhamento das fronteiras, que a Aeronáutica instale uma base em Cruzeiro do Sul e que Marinha tenha pelo menos uma capitania em terras acreanas, bem como aumentem os efetivos das Polícias Federal e Rodoviária para que cumpram suas competências, respectivamente, de combater o narconegócio e realizar o policiamento das rodovias federais, requisições realizadas junto ao Presidente da República e ao Ministro da Justiça em duas oportunidades, pelo Governador e por integrantes da bancada federal”, justificou.
Sem querer polemizar, o secretário afirmou que não contraria o parlamentar do MDB, mas acredita que a proposta “está ligeiramente equivocada quanto ao sentido da intervenção a ser realizada”.
“Reafirmo que a redução de homicídios no ano passado alcançou 25% em relação ao ano anterior e que novas medidas estão sendo adotadas para retomar essa redução, dentre as quais os diversos investimentos que aportarão ao sistema de segurança neste ano, bem como a futura nomeação dos policiais civis aprovados no último concurso, já anunciada pelo Governador e o término do curso de 250 policiais militares que estão em formação inicial, que impactará no aumento de quase 20% nos efetivos das polícias estaduais”, enfatizou Paulo.
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