O pavilhão “P” do presídio Francisco de Oliveira Conde é que pode se chamar de pavilhão da dor de cabeça para o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN).
Foi nesse pavilhão que em novembro do ano passado, durante vistoria, foram apreendidos 8 celulares e alguns entorpecentes. Na última segunda-feira, 13, no mesmo pavilhão, quatro detentos fugiram após fazerem um buraco na cela, e depois se utilizaram de uma “teresa” com lençóis e roupas para pular o muro do presídio. No dia seguinte, na terça-feira, foram encontrados 331 gramas de maconha, cocaína e pasta base e nada mais, nada menos do que 15 celulares.
Tantos ocorrências em pouco mais de um mês despertou a atenção do Ministério Público do Acre. O promotor de justiça Thales Tranin quer saber o motivo de tantas ocorrências em tão pouco tempo no mesmo pavilhão.
“Eu oficiei o IAPEN para que faça uma investigação célere e minuciosa para apurar o que está acontecendo. Queremos saber se há algum agente público introduzindo esses materiais, se há alguém sendo omisso nas fiscalizações. Isso é muito sério”, afirma o promotor de justiça.
O representante do Ministério Público afirma que o pavilhão é um dos novos e que mesmo o IAPEN tem feito diversas medidas restritivas de segurança, as ocorrências continuam acontecendo. “Como em pavilhão onde não há televisão e nem ventilador para fazer barulho, ninguém escutou o barulho dos presos fazendo um buraco enorme na cela”, questiona Thales.
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