Gengis Khan foi o título de um conquistador mongol cruel ao extremo. Matou barbaramente milhares de milhares de pessoas. Descrevia a si próprio como “o flagelo de Deus”. É dele a frase “eu sou um castigo de Deus. E se você não cometeu grandes pecados, Deus não teria enviado um castigo como eu”.
O que temos feito, quais pecados temos cometido para que nosso país e nosso Acre sejam assolados com o flagelo de uma violência tão devastadora, que tem deixado um rastro de sangue, sofrimento, dor e mortes?
Seriam as facções criminosas um castigo em tempos apocalíticos? Algum anjo derramou uma taça e ninguém viu? Um dos sete cavaleiros cavalga pela terra semeando a morte e o terror? Ou um flagelo de Deus para punir a nação como se vê ao longo da história dos hebreus?
Na contramão da narrativa religiosa do castigo de Deus, um grego (provavelmente Péricles) disse que, “não são os deuses que castigam a nossa cidade com violência, doenças, mortes e pobreza, mas os homens quando são corruptos, ambiciosos, devassos e ladrões”. Não haveria castigo algum. A culpa, nesse caso, estaria nos que detém o poder.
Para os que acreditam ser tantas mortes um castigo de Deus, o caminho é o arrependimento conforme Ele pede. Para os que vêem na violência insana a culpa dos próprios homens, que se prenda e puna na forma da lei os corruptos e ladrões. Quem sabe os dois! O que não dá mais é pra aguentar essa situação de descrença, corrupção, roubos impunidade e mortes. Chega! Tudo isso por si só já é um flagelo.